terça-feira, 23 de agosto de 2011

# SANGUE DO SERTÃO

  • Como a cidade me estafa!- Em meio essa multidão, essa correria sem direção, a saudade me maltrata; As antigas  lembrança do meu tempo de infância,quase me arrebata!
  • Lá na roça, eu caminhava no meio do mato ouvia o barulho da cascata; o alegre e o triste cantar dos pássaros; A brisa pura e fria soprava meu rosto com gosto que as orelhas ate zunia.
  • Os mistérios e a paz de Deus, me envolvia e me afagava, então com alegria eu saia por aqueles vales e pastos, me enchia de picão  e carrapichos, corria atras dos bichos, mas nenhum deles pegava.
  • Ah! que bons tempos outrora existia! - Quando uma donzela enamorada nos víamos, que um diferente encanto para nos trazia, pensávamos estar apaixonado, se um beijo ganhássemos, pulávamos por quinze dias.    
  • Hoje, na cidade no meio de e-mail, sem mato, com uma migalha de pássaros, vivo numa sociedade apática, porque a erosão do modernismo ceifou da minha vida simples tirando- me o esteio.
  • Aqui os dias são turbulentos , além da poluição sonora os céus são cinzentos e a vida é enfumaçada, O concreto predomina o dia dia; 
  • E  muitos vegetam nessa correria sem perceber, a falta de verde, a ausência dos pássaros e, com o olfato cauterizado, não sentem mais o mau cheiro dos rios; nem percebem que neles não tem mais vida; E nem vê que nos rios, só tem lixo e  garrafas vazias.








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