sexta-feira, 2 de agosto de 2013

# A PROFECIA DAS NAÇOES - Daniel capítulo 2

Anunciando a volta de Jesus
Mais de 2500 anos atrás, em torno de 600 antes de Cristo, Nabucodonosor, Rei da Babilônia, que havia feito grandes conquistas; almejava estender as fronteiras do seu reino até as extremidades da Terra. No entanto, certa noite teve um sonho notável. Seu espírito ficou perturbado e perdeu o sono. Apesar de ter ficado impressionado com o que havia sonhado, ao acordar não pode se lembrar do sonho. Perplexo, ele convocou os sábios, os astrólogos, os adivinhos e os feiticeiros do seu reino para consultá-los. Ele queria que estes dissessem qual foi o seu sonho e a respectiva interpretação. Logicamente que os sábios não puderam desvendar o sonho, então o Rei Nabucodonosor enfurecido expediu um decreto mandando exterminar todos os sábios de seu reino. Esse decreto atingia também o jovem Daniel que era um escravo hebreu que servia na corte, bem como seus 3 companheiros. Daniel, de forma prudente, solicitou que o rei adiasse a sentença de morte porque ele iria buscar auxílio ao Deus de seus pais. Então Deus revelou a Daniel, em visão, o sonho de Nabucodonosor e disse que cada parte da grande estátua simbolizaria um grande império que surgiria desde a época do reino da Babilônia até o estabelecimento do Reino de Deus. Dessa forma, Deus salvou a vida de Daniel e seus amigos; e Daniel foi elevado a condição de governador da Babilônia.
DANIEL 2: 27- 45.   A REVELAÇÃO DO FUTURO DA HUMANIDADE
Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas: Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser. E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua mente. Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de bronze; as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro. Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçados o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra. Este é o sonho; e também à sua interpretação diremos ao rei. Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória; a cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro. Depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra. O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará. Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. Como os artelhos dos pés eram, em parte, de ferro e, em parte, de barro, assim, por uma parte, o reino será forte e, por outra, será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua interpretação”.
A REPRESENTAÇÃO E SIGNIFICADOS DO SONHO E DA VISÃO
Resumo: Ouro: Babilônia 608-538 a.C.; Prata: Medo-Pérsia 538-331 a.C.; Bronze: Grécia 331-168 a.C.;Ferro: Império Romano 168-476 d.C. Pés: Por fim, entre 351 e 476 temos a invasão do Império pelos bárbaros e sua conseqüente divisão em 10 Reinos ou a Europa ocidental até hoje

Daniel 7: 1-8. Quatro monarquias Universais.

No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e relatou a suma das coisas. Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas às asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem. Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio. Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.

Os acontecimentos aqui preditos são paralelos aos que haviam sido mostrados, anos antes o Rei Nabucodonosor, de Babilônia mediante uma estátua simbólica em sonho. na segunda representação desses eventos, através de Leviatãs ou animais simbólicos, foram apresentados mais detalhes relativos a esses reinos e a segunda vinda de Cristo.

O profeta ficou espantado diante do que vira e pedindo explicações, lhe foi dito que os 4 grandes animais simbolizavam 4 Reinos poderosos que se levantariam sucessivamente. Daniel 7:17. Na Bíblia, animais simbolizam Reinos. Mar ou águas representam povos (Apocalipse 17:15). Ventos são guerras que provocam mudanças políticas (Jeremias 4:11, 25:32 e Habacuque 1:11). O quadro apresentado a Daniel mostra que os povos seriam agitados pelas guerras e que 4 reinos alcançariam o domínio mundial. O interessante é que o versículo 2 diz que as guerras agitavam o mar grande, que incrivelmente é o nome antigo do mar mediterrâneo. Assim, nesta área geográfica surgiria tais reinos.  
O Primeiro Império 
O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem”. (Daniel 7:4).


O primeiro Reino, Babilônia é simbolizado por um leão com asas. O profeta Jeremias prevendo suas conquistas declarou: " Um Leão subiu da sua ramada e um destruidor das nações, ele já partiu e saiu do seu lugar para fazer da tua terra uma desolação ( jeremias 4:7). As asas devem designar a rapidez das suas conquistas. Disse o Senhor por meio do Profeta Habacuque (1:6-8): 
“6 Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. 7 Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua dignidade. 8 E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais espertos do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; os seus cavaleiros virão de longe; voarão como águias que se apressam a devorar”.  
Os Babilônios mantiveram o domínio de todo o mar mediterrâneo desde 608 AC até aproximadamente 538 AC guando foram vencidos pelos Medos-Pérsas. 
O Segundo Império
“Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne”. Daniel 7: 5:


O segundo reino, a Média e a Pérsia são representados por um urso. O urso é mais fraco e lento que o Leão, porém mais voraz. Assim, também os exércitos Medo- Persa se bem que mais fracos e lentos nas conquistas que os babilônios, foram mais sanguinários que estes e de fato devoraram muita carne. As três costelas que o Urso tinha entre os dentes se referem as suas presas principais: Babilônia, Lídia e Egito.  
O Terceiro Império 
“Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio”. Daniel 7: 6.


O terceiro Reino, o Império Grego é simbolizado por um Leopardo com 4 cabeças e 4 asas. Em 331 AC, Alexandre Magno, soberano da Grécia arrebatou o domínio dos Medos e Persas. O leopardo já é por si, mais ágil, e as 4 asas lhe dão ainda maior agilidade. Temos, pois aqui um símbolo adequado das espantosas conquistas gregas. Alexandre, meu quase xará, percorreu com seu exército em menos de 8 meses, uns 8.200 KM. Que incomparável marcha triunfal!!! História Universal Toma I P. 216. Após a morte de Alexandre, o Reino foi dividido entre os 4 de seus principais generais: Cassandro, Seleuco, Lísimaco e Ptolomeu em cumprimento das 4 cabeças simbólicas do animal. Essa sucessão de reinos também foi mostrada a Daniel no capítulo 8 de seu livro na qual um carneiro com 2 pontas representa a Média e a Pérsia e um Bode representa a Grécia. O Bode vence o pobre Carneiro pisando o com os pés! Veja abaixo a confirmação do anjo Gabriel:
20 Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, 21 Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei;
Na divisão do Grandioso Reino de Alexandre, Cassandro ficou com a Macedônia, Ptolomeu com o Egito, a Síria e a Palestina, Seleuco com o extremo oriente até a Índia, e Lísimaco obteve a Trácia e a Ásia menor ou a atual Turquia. O Império Grego, enfraquecido por causa da divisão se tornaria presa fácil para o reino que veria o nascimento do messias; O Império Romano.
O Quarto Império 
“Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 23 Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços...”. Daniel 7: 7 e 23.


Em Daniel cap. 8 de uma das 4 pontas do Bode, o profeta viu sair uma ponta mui pequena, que cresceu para o oriente e para a terra formosa ( Israel)... E se engrandeceu até o Príncipe dos príncipes e foi por ele retirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. Daniel 8:9-11. Fala-se aqui de Roma em todas as suas fases. Ela de fato conquistou a terra formosa e se levantou contra Cristo, o Príncipe dos príncipes no ano 31 DC. O império Romano também destruiu o Templo de Jerusalém, o Santuário Terrestre em 70 DC, acabando com o sacrifício judaico de cordeiros. As profecias se cumpriram com exatidão fantástica!
O quarto Reino é representado por um animal espantoso, uma Besta-Fera que tinha unhas de metal. Daniel 7:20. De fato, o Império Romano foi o mais carniceiro de todos. Além de ter destruído Israel, acabou perseguindo os cristãos por quase 3 séculos até o Edito de Tolerância em 311 DC. Mas a profecia não acaba por aqui; O profeta vê surgir 10 chifres da cabeça do animal e o terrível Chifre Pequeno, o representante de Satanás na Terra! Para salvar o seu povo, O FILHO DO HOMEM APARECE NAS NUVENS DO CÉU COM PODER, GLÓRIA E MAJESTADE. 
RESUMO EM QUADRO COMPARATIVO ENTRE O SONHO E A VISÃO

Interpretação básica
Daniel 2
Daniel 7
1-       Babilônia
 (608-538 AC)
Cabeça de ouro
(versos 32, 37,38)
Leão (versos 4,7)
Duas asas e mente de homem
2- Medo-Pérsia
(538-331 AC)
Peito e braços de prata
(versos 32,39)
Urso (versos 5,17)
3 costelas na boca, firmou-se em um lado
3- Grécia-Macedônia
  (331-168 AC)
Ventre e quadris de cobre
(versos 32,39)
Leopardo (versos 6,17)
4 asas, 4 cabeças
4- Império Romano
(168-476 DC)
Pernas de ferro
(versos 33,40).
Animal terrível
 (versos 7, 17, 19, 23)
4.1-Reinos subseqüentes
 (351-476)
Pés de barro e ferro (versos 33,41-43): reinos fracos e fortes, tentariam se unir mediante casamentos.
  Os 10 Chifres do quarto animal (versos 7, 8, 20, 24)
  Os  3 Chifres caem.
  1-Germanos = Alemanha; 2-Francos = França; 3-Burgundos =
 Suíça; 4-Suevos = Portugal; 5-Anglo-saxões = Inglaterra;
 6-Lombardos = Itália, 7-Visigodos = Espanha.
 8-Os Hérulos; 9-Os Vândalos e os 10-Ostrogodos não se
 tornaram nações européias.
5- Reino de Deus

  Pedra (versos 34, 35, 44, 45).
Ferro, cobre, prata e ouro destruídos.
“Toda a Terra, não passará a outro povo”.
   Filho do homem (versos 8- 14, 18, 26- 28).
Animais e chifre pequeno destruídos.
Reino dado aos santos.
Reino eterno, jamais será destruído.

# A CHAMADA ...VOCE PODE ENTENDER ISSO?

A interpretação de Daniel sobre a estátua de Nabucodonosor, seus três amigos na fornalha ardente, ele mesmo na cova dos leões ou Belsazar e o “Mene tequel” na parede. Quem não conhece essas histórias? Mas o mais notável em Daniel era a sua vida de oração...
Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele não a abandonou. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada. No fim das contas, Daniel marcou a história porque orava.

Um jovem e sua adoração verdadeira a Deus

No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu explicá-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros. Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia e, portanto, ao fim de seu período de estudos de três anos (Dn 1.5). Daniel chegou à Babilônia (Dn 1.1) no ano 605 a.C. Ele ainda era muito jovem, talvez até mesmo um adolescente. Daniel viveu o exílio babilônico até a queda da Babilônia diante dos persas (539 a.C.). Ou seja, Daniel viveu lá durante cerca de 70 anos. Já nos primeiros tempos, Daniel se mostrou um intercessor eficaz (Dn 2.16-19).
Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo (Dn 2.10-11), mas Daniel recolheu-se calma e tranquilamente em sua casa. Uma vida de oração é interação com Deus e por isso dá segurança em meio à insegurança.
Daniel contou sua preocupação aos seus fiéis e confiáveis amigos (Dn 2.17-18), porque sabia do poder da oração conjunta. Nós também deveríamos ter a coragem de compartilhar mais os nossos motivos de oração com nossos irmãos no Senhor. Muitas vezes, porém, envergonhamo-nos deles, ficamos sem graça. Algumas pessoas preferem orar sozinhas a compartilhar seus assuntos com pessoas de confiança. Mas a Bíblia e a História estão cheias de exemplos de comunhões de oração e da conseqüente ação poderosa de Deus.
Daniel e seus amigos oraram juntos pedindo revelação e proteção. A comunhão de oração é uma força como a fissão nuclear; ela tem uma promessa no Novo Testamento: “Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por isso, depois da comunhão de oração, o texto relata: “Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (Dn 2.19).

Adoração verdadeira é oração com gratidão

Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer.
Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer. Com Daniel era bem diferente. Antes de correr ao rei e lhe apresentar a revelação, ele primeiro agradeceu ao Senhor. Ele não deixou o louvor para mais tarde. Na vida de Daniel, Deus sempre estava em primeiro lugar e somente depois vinha o rei babilônico.
Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu... Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para exterminar os sábios da Babilônia; entrou e lhe disse: Não mates os sábios da Babilônia; introduze-me na presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação” (Dn 2.19,24).

Adoração verdadeira é oração regular

Daniel não permitia que nada atrapalhasse a regularidade de seu tempo de oração. Em Daniel 6 lemos que os altos funcionários inimigos dos judeus tentaram preparar uma armadilha para Daniel e impedi-lo de orar (v.7). Nós também precisamos ter consciência de que o inimigo de Deus fará de tudo para nos afastar da oração. Mas Daniel reagiu a isso com mais oração: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (v. 10).
O que esse versículo nos mostra sobre Daniel?
  1. Ele não se deixou demover da oração (persistência).
  2. Ele orava tanto em comunhão quanto sozinho.
  3. Ele tinha um local fixo para orar, no quarto superior da sua casa (veja Dn 2.17).
  4. Ele tinha janelas abertas (direcionamento constante, comunhão ininterrupta).
  5. Ele tinha uma direção para sua oração (Jerusalém, onde estava o altar; uma indicação para Jesus).
  6. Ele orava regularmente, três vezes ao dia, como sempre havia feito.
  7. E ele não descuidava do agradecimento.

Adoração verdadeira parte da Palavra

Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar.
No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos” (Dn 9.2-4).
Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar. Quando compreendeu o que eram os setenta anos de cativeiro de que Jeremias tinha falado, começou imediatamente a orar. Com isso, ele mesmo foi profundamente afetado. A oração de Daniel revela seu coração.
  1. Ele reagiu imediatamente (sem tardar).
  2. Ele não procurou homens (Dario ou Ciro), mas seu Deus onipotente.
  3. Ele suplicava – nisto vemos sua seriedade e persistência.
  4. Ele jejuava em pano de saco e cinzas, portanto havia arrependimento. Ele não se considerava importante demais para arrepender-se.
  5. Ele orava a um Deus pessoal. Tinha um relacionamento pessoal com Ele.
  6. Ele orava com grande reverência.
  7. E ele orava com confiança, com esperança na graça e bondade do Senhor.
Daniel foi exaltado de forma maravilhosa. Por trás dos acontecimentos de Esdras 1.1-4 está a oração de Daniel. Sua oração contribuiu para uma decisão que alteraria a política mundial e para o cumprimento da profecia divina.

Adoração verdadeira é poderosa

Certa vez Daniel recebeu uma revelação sobre a Grande Tribulação (Dn 10.1). Ele entendeu a palavra, o que o levou novamente à oração: “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras” (v.2-3). Podemos orar a respeito de coisas que entendemos e a respeito de coisas que não entendemos.
Depois de ter orado e jejuado tão intensamente, Daniel recebeu a visita de um anjo: “Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim” (v.10-12).
Isto não é tremendo?
  1. Daniel era um homem muito amado de Deus. Esta afirmação aparece três vezes no livro de Daniel (Dn 9.23; Dn 10.11,19).
  2. Ele recebeu a garantia de que foi ouvido desde o primeiro dia, apesar de a resposta só ter chegado três semanas depois (v.1; cf. Dn 9.23).
  3. Este anjo foi especialmente enviado por causa da oração de Daniel.
Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?

Adoração verdadeira é para toda a vida

Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?
No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão” (Dn 10.1).
No terceiro ano do rei Ciro, Daniel já vivia há 70 anos na Babilônia. Provavelmente sua vida de oração começou quando ele ainda era um adolescente, e agora, com mais de 80 anos, ela ainda não diminuíra. Daniel continuava a orar intensamente.
Que o Senhor conceda e que nós desejemos ser pessoas de oração hoje, amanhã e também quando estivermos em idade avançada. Ainda mais por vivermos em uma época na qual as profecias de Daniel sobre o final dos tempos começam a se 
cumprir..