1. A fuga. Fugir
nunca é a melhor saída. É importante que cada pessoa assuma os seus erros e
arque com as consequências. Jacó, porém, diante do drástico rompimento
familiar, empreendeu uma longa viagem à terra de seus avós maternos. Não sabia
que lá, distante dos cuidados de Rebeca, passaria por momentos bastante
difíceis. Seu tio Labão foi um péssimo anfitrião. Egoísta e traiçoeiro, ele fez
Jacó experimentar dos próprios métodos familiares, com os quais enganara seu
pai e seu irmão. Jacó reclamou que Labão o enganara, mudando o seu salário dez
vezes, com o objetivo de que ele não tivesse prosperidade nos negócios, mas o
Senhor o ajudou e o abençoou (Gn 31.7,41). Todavia, como toda fuga tem seu fim,
chegou o dia em que Deus determinou que Jacó voltasse à sua terra.
2. O retorno. Deus tinha
mandado que o avô de Jacó, Abraão, saísse da sua terra e da sua parentela, para
uma terra que manasse leite e mel, mas o Senhor nunca determinou o retorno do
pai da fé à sua terra natal. Por quê? Porque a vida de Abraão, em Ur dos
Caldeus, estava bem resolvida familiarmente! Abraão não partiu fugido. Ele saiu
de cabeça erguida. Entretanto seu neto, Jacó, ao contrário, tinha deixado
marcas de sofrimento na vida do pai e do irmão e, por isso, era preciso
retornar para acertar as contas com o passado (Gn 32.3), pois quem assim não
procede nunca poderá seguir em frente.
3. O reencontro. Vinte anos
já tinham decorrido desde a fuga de Jacó, mas agora ele retorna com tudo que
possuía para se reencontrar com a sua família. Esaú era uma sombra no seu
passado. Uma marca indelével. Diante disso, Jacó enviou mensageiros para
informar a Esaú que ele estava chegando (Gn 32.3-5). O medo da vingança
assombrava o fugitivo patriarca e ficou ainda mais forte quando os emissários
voltaram, pois disseram que Esaú viria ao seu encontro com quatrocentos homens
(Gn 32.6,7). A partir daí, Jacó voltou a tratar diretamente com Aquele que pode
fazer todas as coisas e que aparecera a ele no caminho de ida (Gn 28.10-17).
Ele fez uma vigília a noite inteira e teve um encontro com Deus (Gn 32.22-31).
Ao amanhecer o dia, Esaú despontou no horizonte, com quatrocentos homens. Um
grande exército para a época! Mas o Senhor se compadeceu de Jacó e houve
reconciliação entre os irmãos.
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