1. A família é o ponto de convergência entre Deus e os homens. Paulo compara o casamento entre homem e mulher à união entre Cristo e a Igreja (Ef 5.23-32) e isso ele faz porque a família é o ponto de convergência entre céu e terra. A constituição da família, no Éden, realizou um novo milagre na criação humana. Deus, de um (Adão), fez dois (Adão e Eva) e, com o casamento, de dois o Senhor tornou a fazer um (Gn 2.24 — o casal). Assim, uma vez unidos matrimonialmente, eles voltaram a ser vistos pelo Senhor como “uma só carne”. Deus estava firmando uma aliança com eles e Ele mesmo faria parte daquilo (1Co 7.39). Sua glória estaria presente. A partir da família, Deus trataria com os homens. Afinal, todos os projetos significativos de Deus são plurais. Envolvem a formação de uma equipe. É, pois, através da família que o Senhor ordena a bênção ao mundo.
2. A família é o campo de treinamento de Deus. Observa-se claramente nas Escrituras que a
família é o campo de treinamento usado por Deus para preparar o ser humano para
as experiências da vida. A família é o microcosmo da vida social (Êx
2.7-9,11,12; Jz 11.1-3,11). Analisando cuidadosamente, vê-se que as
experiências vivenciadas no seio familiar são preparações para o viver em
sociedade.
Os conflitos familiares de José, por exemplo, foram
indispensáveis para fazer dele um “sucesso” na casa de Potifar, na prisão e,
por fim, no governo egípcio. A mesma coisa pode ser dita em relação a Isaque,
Jacó, Davi, Paulo, eu e você. Que tal agradecer a Deus pela magnífica
experiência de viver em família, mais especificamente, de viver na sua família?
3. A família é a única possibilidade de realização total do
homem. O rapaz e
a moça jamais serão totalmente felizes se não estiverem em família. Deus mandou
Jacó voltar para sua terra para poder reparar os erros do seu passado (Gn
31.3); o filho pródigo, também teve que retornar, a fim de curar as feridas
familiares (Lc 15.17-19). De outra forma eles nunca seriam felizes, pois não
existe felicidade solitária. Como o homem é um ser imperfeito, carente de
complemento, ninguém conseguirá ser feliz fechando-se numa redoma de emoções
egoístas. Como se sabe, não há peixes no mar morto porque ele apenas recebe
água, mas nunca partilha o que tem. Em outras palavras, é preciso morrer para
si mesmo, renunciar às paixões da alma, a fim de viver em prol de um projeto
plural de Deus chamado família, para que o homem não fique só, parafraseando a
ideia de Jesus em relação à semente (Jo 12.24). Da mesma forma que o crente não
pode viver fora do corpo de Cristo, não existe realização pessoal total fora da
família. Seja na casa dos pais, enquanto solteiro, ou no momento de criar um
novo núcleo familiar, quando deverá ter o seu próprio espaço geográfico (casa),
o jovem somente alcançará o centro da vontade de Deus se estiver vivendo em
família, dentro dos princípios traçados pelo Senhor.
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