sábado, 27 de outubro de 2012

SOMOS TÃO IGUAIS E TÃO DIFERENTES


Somos todos iguais no que trata da natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres, quando tratamos do ser humano, temos necessidades, temos uma estrutura racional básica muito parecida, ou seja, igual, mas também somos muito diferentes! Quando tratamos do que é singular ao ser humano, identificamos em várias histórias de vida, contos de amor, dramas, suspenses, tragédias, conquistas e outros que há uma infinidade de detalhes, de lugares, de sentimentos e certezas tão únicas que às vezes parecem inacessíveis. Há muitas razões para acreditar que somos iguais, posso ate narrar algumas delas: a fome, o cansaço, o sono, o frio, o calor e muitas outras coisas que alcançam a letrados e o iletrados ou ainda dos que necessitam de alguns cuidados especiais, afinal, todos nós já tivemos perdas e ganhos, já choramos e já sorrimos.
Mas somos diferentes, porque apesar de sentimentos, emoções e necessidades coletivas e individuais, não existe algo pleno, não vivemos tudo ao mesmo tempo, duas pessoas podem ate gritar juntas, mais a verdade é que um dos gritos pode ser como um brado de vitória, enquanto o outro pode ser por uma dor muito forte, e ainda há aquelas que estão gritando em silêncio ao nosso lado e nem percebemos porque não podemos ouvir o seu interior, “somos tão iguais e tão diferentes”.
É bom ser igual, podemos falar a mesma língua, podemos crer em uma mesma crença, lutar por um mesmo ideal, as semelhanças nos unem.
Somos diferentes, porque podemos falar a mesma língua, mas não necessariamente o mesmo vocabulário, podemos ainda sermos diferentes ou iguais, para trocarmos experiências distintas que nos levem à fé por exemplo, podemos lutar por um mesmo ideal de vida com mais eficiência, fazendo uso dos variados recursos da diferença ou da igualdade que cada um tem para oferecer ajuda.


A verdade é que somos realmente iguais e realmente diferentes, mesmo quando nos consideramos “iguais”. Mais afinal de contas o que nos faz iguais ou diferentes? As nossas bagagens, as que levamos e as que deixamos nas estradas que escolhemos, os objetos que lá estão, os pensamentos, as atitudes, as memórias extremamente peculiares? É isto que nos diferencia ou nos tornam iguais? Embora as pessoas tenham características físicas específicas, ou seja, diferentes e talvez alguns sejam diferentes fisicamente por conta de um acidente genético que ocorreu pôr ocasião da formação de quando ainda era bebê no início da gravidez e os médicos vão chamar essa ocorrência de Síndrome de Down. É preciso nos perguntar mais uma vez, o que nos torna tão iguais e tão diferentes? É essa diferença física, genética que nos faz tão diferentes? É preciso vencer as barreiras da diferença do coração e da mente humana, do preconceito da sociedade, que infelizmente ainda é grande, é preciso entender que o down tem muito mais semelhanças do que diferenças de qualquer outro ser humano, o down deve ser tratado com naturalidade, respeito, carinho, ter participação ativamente da vida familiar, escolar e do lazer, pois só dessa forma com mais acesso se tornaram mais independentes e a auto-estima cresce. A diferença não esta na genética, mais sim no coração humano, é preciso deixar o respeito vencer o preconceito ou seja deixar a igualdade vencer as diferenças, se é que elas existem. Penso que ainda que alguém queira ser diferente ou nos tornar diferentes diante dele por qualquer motivo, isso não nos faz diferentes diante do Senhor. Somos profundamente iguais quando nos encontramos diante da cruz de Cristo Jesus, da volta do Senhor Jesus, pois não haverá ricos, pobres, letrados, iletrados, cor, ou ainda genética física diante da cruz de Cristo, é neste momento que percebemos que todos estão na mesma condição (Iguais), cada um se achega procurando um lugar, mais é aos pés da cruz de Cristo, que começamos a dividir perdão, graça e misericórdia, porque vamos nos ver todos na mesma situação, a palavra do Senhor não muda, Ele vem buscar a sua igreja, e não buscar as aparências físicas, genéticas, e se estamos na mesma situação, devemos aprender a respeitar, e aceitar as diferenças visuais, pois sem AMOR eu nada serei, a TEORIA SEM A PRATICA É MORTA!
Dedico este artigo a todos os amigos e amigas down e a minha linda sobrinha Liana Kellen, que tinha síndrome de down e que nos ensinou muito enquanto estava entre nós, com a sua “diferença” nos mostrando que somos iguais quando expressamos o verdadeiro amor. O amor supera tudo e nos traz uma condição de sermos melhores seres humanos, “reconhecendo que somos tão diferentes, mas que devemos escolher em dizer que somos iguais em Cristo Jesus”, que Deus nos abençoe!

Pastor Paulo Pyrrho é pastor, Teólogo com especialização em Ação Social e Funcionário Publico. Filiado a OPBB / CBB / CBPE/ Fotos via Google por Antonio Carlos

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