sexta-feira, 16 de agosto de 2024

A ressurreição dos mortos

 




I. O QUE É RESSURREIÇÃO


1. Sentido original. Duas palavras gregas (anastasis e egeiró) definem o termo ressurreição. Elas claramente indicam “tornar à vida”, “levantar-se”, “erguer-se”, “despertar”, “acordar”.

2. Sentido doutrinário. Ressurreição é a outorga da vida ao que havia se extinguido fisicamente. E o ato do levantamento daquilo que havia estado no sepulcro. Várias vezes nos deparamos com a expressão “ressurreição dos mortos“ (1Co 15.12,13,21,42), que se refere a uma ressurreição geral, de justos e ímpios. Porém, quando se refere aos justos, a expressão no original é restritiva e se traduz por “ressurreição de entre os mortos”. A expressão “de entre os mortos” quer dizer os mortos tirados do meio de outros mortos.

II. CARÁTER GERAL DA RESSURREIÇÃO


1. No Antigo Testamento. Vários personagens importantes da história do Antigo Testamento demonstraram sua confiança e crença na ressurreição. Abraão cria na ressurreição (Gn 22.5, Hb 11.17-19); (Jó 19.25-27); um dos filhos de Coré, cantor, salmodiava sobre a ressurreição (Sl 49.15); o profeta Isaías cria e profetizava sobre a ressurreição (Is 26.19); Daniel, profeta e estadista, declarou sua crença na ressurreição (Dn 12.2,3); e Oséias, um profeta destacado em Israel, fez o mesmo (Os 13.14).

2. No Novo Testamento. A doutrina da ressurreição foi declarada e ensinada por Jesus em seu ministério terrestre (Jo 5.28,29; 6.39,40,44,54; Lc 14.13,14; 20.35,36). Ensinada e reafirmada pelos apóstolos e os pais da Igreja primitiva (At 4.2). Em Atenas, na Grécia, Paulo pregou a Jesus Cristo e Sua ressurreição (At 17.18). Repetiu isso, também, para os filipenses (Fp 3.11), aos coríntios (1Co 15.20), aos tessalonicenses (1Ts 4.14-16), perante o governador Felix (At 24.15). O apóstolo João, não só relatou o ensino de Cristo sobre a ressurreição, mas ele mesmo ensinou sobre o assunto (Ap 20.4-6).

3. Alguns exemplos bíblicos de ressurreições literais.

a) No Antigo Testamento. A história dramática da ressurreição do filho da mulher sunamita através da oração do profeta Eliseu (2Rs 4.32-37). Há um caso posterior mais impressionante. O profeta Eliseu já havia morrido e sido sepultado, e um grupo de moabitas, para fugir de uma perseguição inimiga, lançou o seu morto na cova onde estavam os restos mortais de Eliseu. Ao tocar os ossos do profeta o morto reviveu e se levantou sobre seus pés (2 Rs 13.20,21).

b) No Novo Testamento. Os exemplos são numerosos, começando pelo ministério pessoal de Jesus Cristo: a filha de Jairo (Mt 9.24,25); o filho de uma viúva de Naim (Lc 7.13-15); seu amigo Lázaro, em Betânia, irmão de Maria e Marta (Jo 11.43,44). Ele mesmo venceu a morte depois de três dias no sepulcro (Lc 24.6) e, para confirmar Sua vitória sobre a morte, alguns corpos de santos mortos anteriormente, ressuscitaram e foram vistos em Jerusalém (Mt 27.52,53). Mais tarde, entre os apóstolos, Pedro orou ao Senhor e fez reviver a Dorcas (At 9.37,40,41).

III. TIPOS DE RESSURREIÇÃO

1. Nacional. É, em linguagem metafórica, a restauração e renovação do povo de Israel em termos políticos, materiais e espirituais (Dt 4.23-30; 28.62-64; Lv 26.14-25; Ez 11.17; 36.24; 37.21; Jr 24.6; Ez 36.24,28). O cumprimento cabal da profecia relativa à ressurreição nacional acontecerá na vinda pessoal do Messias, o Senhor Jesus Cristo (Zc 14.1-5).

2. Espiritual. Refere-se também metaforicamente a um renascimento espiritual dos que, tendo estado mortos em delitos e pecados (Ef 2.1) foram vivificados espiritualmente (Rm 6.4). Há, no entanto, um sentido literal dessa ressurreição, no que tange à ressurreição corporal. Porém, o aspecto físico da ressurreição diz respeito aos corpos levantados das sepulturas, os quais sofrerão uma metamorfose. Isto é: uma transformação do físico para o espiritual (1Co 15.52; 1Ts 4.13-17).

3. Física. Precisamos distinguir esse tipo de ressurreição sob dois ângulos: o temporal e o escatológico. No sentido temporal, temos o exemplo de pessoas que morreram, foram sepultadas, e pelo poder de Deus ressuscitaram; posteriormente, voltaram a morrer (2Rs 4.32-37; Mt 9.24,25). No sentido escatológico, tanto os justos quanto os ímpios vão ressuscitar fisicamente. Os justos levantar-se-ão dos seus sepulcros na vinda do Senhor (1Co 15.44,52; Jo 5.29). Os ímpios se levantarão, não com os santos, mas no fim de todas as coisas, no Juízo Final (Ap 20.11-15).

IV. EXPLICANDO A RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS E A DOS ÍMPIOS

1. A primeira ressurreição.
a) O tempo. Divide-se em três fases distintas. A primeira fase refere-se à ressurreição de Cristo e de muitos santos do Antigo Testamento, identificados como as “primícias dos mortos” (1Co 15.20; Mt 27.52,53); Jesus e aqueles santos ressurretos são o primeiro molho de trigo colhido (Lv 23.10-12; 1Co 15.23). Jesus foi o grão de trigo que caiu na terra, morreu, e produziu muito fruto (Jo 12.24). Isto é: aquele grupo de pessoas de Mt 27.52,53 foi a primícia, o primeiro molho. A segunda fase refere-se à ressurreição dos mortos em Cristo na era neotestamentária, a qual se efetuará no chamamento especial por ocasião da volta do Senhor Jesus sobre as nuvens (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17). A terceira fase da primeira ressurreição refere-se àqueles mortos no período da Grande Tribulação, os quais são chamados de “mártires da Grande Tribulação”. Refere-se ao restolho da ceifa, isto é, as respigas da colheita (Ap 6.9-11; 7.9-17; 14.1-5; 20.4,5).

b) A natureza dos corpos ressurretos. Não importa como os corpos foram sepultados, se em covas na terra, ou no fundo dos mares e rios, ou queimados. Na realidade, os mesmos corpos mortos serão ressuscitados. No caso dos mortos em Cristo, seus corpos serão transformados (1Co 15.35-38), iguais ao corpo ressurreto de Cristo (Fp 3.21).

2. A segunda ressurreição.

a) O tempo. Já sabemos que Jesus distinguiu duas ressurreições: a dos justos e a dos ímpios (Jo 5.28,29). Alguns intérpretes entendem a ressurreição dos mortos como um só evento, num mesmo tempo. Declaram que a única distinção é que “uns ressuscitam para a vida” e outros “para a perdição”. Entretanto, essa teoria é largamente refutada. Na verdade, o tempo da segunda ressurreição acontecerá no fim de todas as coisas, após o período do Milênio na Terra, quando haverá o Juízo Final diante do Grande Trono Branco (Hb 4.13).

b) A natureza dos corpos ressuscitados dos ímpio
s. Quanto à ressurreição o processo será o mesmo que o dos justos. Seus corpos terão todas as partículas físicas reunidas e transformadas em corpos espirituais, mas sem qualquer glória. À semelhança dos justos no Hades, as almas e espíritos se unirão aos seus corpos sepultados para serem julgados por suas obras (Ap 20.12; Dn 12.2). Nenhuma glória, nenhuma beleza, mas totalmente inglório, para que sejam prestadas as contas perante o Supremo Juiz (Hb 4.13; Rm 2.5,6; Hb 9.27).

c) O estado final dos ímpios.
Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap 21.8. Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da presença de Deus (2Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios serão lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que arde continuamente com fogo inapagável — o tormento eterno (Ap 14.10,11).

CONCLUSÃO

A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de Cristo. Sua morte e ressurreição são a garantia total de que Ele voltará. Sua vitória sobre a morte foi com glória, triunfo e poder.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

DEFINIÇÃO BÍBLICA PARA A MORTE

 


                          DEFINIÇÃO BÍBLICA PARA A MORTE

1. O sentido literal e metafórico da palavra morte.


a) Separação. No grego a palavra morte é thanatos que quer dizer separação. A morte separa as partes materiais e imateriais do ser humano. A matéria volta ao pó e a parte imaterial separa-se e vai ao mundo dos mortos, o Sheol-Hades, onde jaz no estado intermediário entre a morte e a ressurreição (Mt 10.28; Lc 12.4; Ec 12.7; Gn 2.7).

b) Saída ou partida. A morte física é como a saída de um lugar para outro (Lc 9.31; 2Pe 1.14-16).

c) Cessação. Cessa a existência da vida animal, física (Mt 2.20).

d) Rompimento. Ela rompe as relações naturais da vida material. Não há como relacionar-se com as pessoas depois que morrem. A idéia de comunicação com pessoas que já morreram é uma fraude diabólica.

e) Distinção. Ela distingue o temporal do eterno na vida humana. Toda criatura humana não pode fugir do seu destino eterno: salvação ou perdição (Mt 10.28).

2. O sentido bíblico e doutrinário da morte.

a) A morte como o salário do pecado (Rm 6.23). O pecado, no contexto desse versículo, é representado pela figura de um cruel feitor de escravos que dá a morte como pagamento. O salário requerido pelo pecado é merecidamente a morte. Como pagamento, a morte não aniquila o pecador. A verdade que a Bíblia nos comunica é que a morte não é a simples cessação da existência física, mas é uma consequência dolorosa pela prática do pecado, seu pagamento, a sua justa retribuição. Quando morre, o pecador está ceifando na forma de corrupção aquilo que plantou na forma de pecado (Gl 6.7,8; 2Co 5.10). Portanto, a morte física é o primeiro efeito externo e visível da ação do pecado (Gn 2.17; 1Co 15.21; Tg 1.15).

b) A morte é sinal e fruto do pecado. O homem vive inevitavelmente dentro da esfera da morte e não pode fugir da condenação. Somente quem tem a Cristo e o aceitou está fora dessa esfera. Só em Cristo o homem consegue salvar-se do poder da morte eterna. Tiago mostra-nos uma relação entre o pecado e a morte, quando diz: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”, Tg 1.14,15. O pecado, portanto, frutifica e gera a morte.

c) A morte foi vencida por Cristo no Calvário. A resposta única, clara, evidente e independente de quaisquer idéias filosóficas a respeito da morte é a Palavra de Deus revelada e pronunciada através de Cristo Jesus no Calvário (Hb 1.1). Cristo é a última palavra e a única solução para o problema do pecado e a crueldade da morte (Rm 5.17).

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

CAUSAS BÍBLICAS DE ENFERMIDADES POR PERMISSÃO DIVINA.

 






CAUSAS BÍBLICAS DE ENFERMIDADES POR PERMISSÃO DIVINA.

1 - Satanás põe em dúvida a sinceridade de Jó

6 Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se diante do Senhor, veio também Satanás entre eles.7 Então o Senhor perguntou a Satanás: — De onde você vem? Satanás respondeu ao Senhor: — De rodear a terra e passear por ela.8 E o Senhor disse a Satanás: — Você reparou no meu servo Jó? Não há ninguém como ele na terra. Ele é um homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal. Então Satanás respondeu ao Senhor: — Será que é sem motivo que Jó teme a Deus?10 Não é verdade que tu mesmo puseste uma cerca ao redor dele, da sua casa e de tudo o que ele tem? Abençoaste a obra de suas mãos, e os seus bens se multiplicaram na terra.

11 Mas estende a tua mão e toca em tudo o que ele tem, para ver se ele não blasfema contra ti na tua face.12 Então o Senhor disse a Satanás: — Você pode fazer o que quiser com tudo o que ele tem; só não estenda a mão contra ele. Então Satanás saiu da presença do Senhor.


2 -O rei Ezequias é curado para honra e glória de Deus                                         2°Reis:20; 1-7 >>  1 Por esse tempo, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: — Assim diz o Senhor: "Ponha em ordem a sua casa, porque você morrerá; você não vai escapar."2 Então Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao Senhor, dizendo:3 — Ó Senhor, lembra-te de que andei diante de ti com fidelidade, com coração íntegro, e fiz o que era reto aos teus olhos. E Ezequias chorou amargamente.

4 Antes que Isaías tivesse saído do pátio central, a palavra do Senhor veio a ele, dizendo:

5 — Volte e diga a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, seu pai: "Ouvi a sua oração e vi as suas lágrimas. Eis que eu vou curá-lo e, ao terceiro dia, você subirá à Casa do Senhor.6 Acrescentarei quinze anos à sua vida e livrarei das mãos do rei da Assíria tanto você quanto esta cidade. Defenderei esta cidade por amor de mim e por amor a Davi, meu servo."

7 Isaías disse mais: — Peguem uma pasta de figos. Eles a pegaram e a puseram sobre a úlcera. E Ezequias recuperou a saúde.

3 - A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO                                                       JOÃO:11; 1- 4 >> 1 Um homem chamado Lázaro estava doente. Ele era de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 2 Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava doente, era a mesma que ungiu o Senhor com perfume e lhe enxugou os pés com os seus cabelos.3 Por isso, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: — Aquele que o Senhor ama está doente.4 Ao receber a notícia, Jesus disse: — Essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.

A questão da doença é sempre difícil de se lidar. A chave é lembrar que os caminhos de Deus são mais altos que os nossos (Isaías 55:9). Quando estamos sofrendo de uma doença, enfermidade ou lesão, geralmente focamos apenas em nosso próprio sofrimento. No meio da provação de uma doença, é muito difícil se concentrar no que Deus pode trazer como resultado. Romanos 8:28 nos lembra que Deus pode trazer o bem de qualquer situação. Muitas pessoas olham para os tempos de doença como tempos quando se aproximaram de Deus, aprenderam a confiar mais nEle e/ou aprenderam a valorizar verdadeiramente a vida. Essa é a perspectiva que Deus tem porque Ele é soberano e conhece o resultado final.

Isso não significa que a doença seja sempre de Deus ou que Deus sempre nos inflija com a doença para nos ensinar uma lição espiritual. Em um mundo contaminado pelo pecado, a doença, a enfermidade e a morte sempre estarão conosco. Somos seres caídos, com corpos físicos propensos a doenças e enfermidades. Algumas doenças são simplesmente o resultado do curso natural das coisas neste mundo. A doença também pode ser o resultado de um ataque demoníaco. A Bíblia descreve vários casos em que o sofrimento físico foi causado por Satanás e seus demônios (Mateus 17:14-18; Lucas 13:10-16). Portanto, algumas doenças não são de Deus, mas de Satanás. Mesmo nesses casos, Deus ainda está no controle. Deus às vezes permite que o pecado e/ou Satanás causem sofrimento físico. Mesmo quando a doença não é diretamente de Deus, Ele ainda a usará de acordo com a Sua perfeita vontade.

É inegável, porém, que Deus às vezes intencionalmente permite, ou até faz com que a doença cumpra os Seus propósitos soberanos. Embora a doença não seja diretamente abordada nessa passagem, Hebreus 12:5-11 descreve Deus nos disciplinando para produzir "fruto de justiça" (versículo 11). A doença pode ser um meio da disciplina amorosa de Deus. É difícil compreendermos por que Deus funcionaria dessa maneira. Entretanto, quando acreditamos na soberania de Deus, não há uma outra opção senão enxergar o sofrimento como algo que Deus permite e/ou causa.

O exemplo mais claro disso nas Escrituras é encontrado no Salmo 119. Observe a progressão nos versículos 67, 71 e 75 — "Antes de ser afligido, eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra… Foi bom que eu tivesse passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos…. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste." O autor do Salmo 119 estava olhando para o sofrimento da perspectiva de Deus. Foi bom para ele ser afligido. Foi a fidelidade que fez com que Deus o afligisse. O resultado da aflição foi para que ele pudesse aprender os decretos de Deus e obedecer à Sua Palavra.

Novamente, a doença e o sofrimento nunca são fáceis de lidar. Uma coisa é certa: a doença não deve nos fazer perder a fé em Deus. Deus é bom, mesmo quando estamos sofrendo. Até o derradeiro sofrimento da "morte" é um ato da bondade de Deus. É difícil imaginar que qualquer pessoa que esteja no céu como resultado de doença ou sofrimento lamente o que passou nesta vida.

Uma observação final: quando as pessoas estão sofrendo, é nossa responsabilidade ministrar a elas, cuidar delas, orar por elas e confortá-las. Quando uma pessoa está sofrendo, nem sempre é apropriado enfatizar que Deus trará benefícios ao sofrimento. Sim, essa é a verdade. No entanto, em meio ao sofrimento, nem sempre é o melhor momento para compartilhar essa verdade. As pessoas que sofrem precisam do nosso amor e encorajamento, não necessariamente de um lembrete da sólida teologia bíblica.


CAUSAS BIBLICAS DE ENFERMIDADES: POR PECADO, POSSESSÃO OU INFLUÊNCIA DEMONÍACA

 


1 - A DESOBEDIÊNCIA DO REI UZIAS

2° CRONICAS 26:16-19>>>  16 Mas, havendo-se já fortificado,(o rei Uzias)  exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso.17 Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, e com ele oitenta sacerdotes do Senhor, homens valentes.18 E resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para queimar incenso; sai do santuário, porque transgrediste; e não será isto para honra tua da parte do Senhor Deus.19 Então Uzias se indignou; e tinha o incensário na sua mão para queimar incenso. Indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à testa perante os sacerdotes, na casa do Senhor, junto ao altar do incenso.20 Então o sumo sacerdote Azarias olhou para ele, como também todos os sacerdotes, e eis que já estava leproso na sua testa, e apressuradamente o lançaram fora; e até ele mesmo se deu pressa a sair, visto que o Senhor o ferira.21 Assim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da casa do Senhor. E Jotão, seu filho, tinha o encargo da casa do rei, julgando o povo da terra.


2 - O CONSELHO DE JESUS PARA O PARALÍTICO QUE FORA CURADO…

JOÃO :5,8- 14 >> 8 Então Jesus lhe disse: — Levante-se, pegue o seu leito e ande.

9 Imediatamente o homem se viu curado e, pegando o leito, começou a andar. E aquele dia era sábado.10 Por isso, os judeus disseram ao que tinha sido curado: — É sábado, e neste dia você não tem permissão para carregar o seu leito. 11 Ao que ele lhes respondeu: — O mesmo que me curou me disse: "Pegue o seu leito e ande."12 Perguntaram-lhe: — Quem é o homem que disse a você: "Pegue o seu leito e ande"?13 Aquele que tinha sido curado não soube responder, porque Jesus tinha se retirado, por haver muita gente naquele lugar.14 Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: — Olhe, você foi curado. Não peque mais, para que não lhe aconteça coisa pior.


3 - A cura de um mudo endemoninhado                                           MATEUS 9:32,33>>   32 Quando eles saíram, eis que trouxeram a Jesus um mudo endemoniado.33 E, assim que o demônio foi expulso, o mudo passou a falar. E as multidões se admiravam, dizendo: — Jamais se viu tal coisa em Israel!


4 - A cura de um menino Possesso                                                                   MATEUS:17: 14-21>> 14 Quando eles chegaram para junto da multidão, um homem se aproximou de Jesus, ajoelhou-se e disse:15 — Senhor, tenha pena do meu filho, porque ele tem convulsões e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras tantas cai na água.

16 Apresentei-o aos seus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.17 Jesus exclamou: — Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei com vocês? Até quando terei de suportá-los? Tragam o menino até aqui.18 E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, o menino ficou curado.19 Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: — Por que motivo nós não pudemos expulsá-lo?20 Jesus respondeu: — Por causa da pequenez da fé que vocês têm. Pois em verdade lhes digo que, se tiverem fé como um grão de mostarda, dirão a este monte: "Mude-se daqui para lá", e ele se mudará. Nada lhes será impossível.

21 [Mas esse tipo de demônio só pode ser expulso por meio de oração e jejum.]


5 - A cura de uma mulher que possuía um espírito de enfermidade

10 Num sábado, Jesus estava ensinando numa das sinagogas.

11 E chegou ali uma mulher possuída de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; ela andava encurvada, sem poder se endireitar de modo nenhum.

12 Ao vê-la, Jesus a chamou e lhe disse: — Mulher, você está livre da sua enfermidade.

13 E, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.

14 O chefe da sinagoga, indignado por ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: — Há seis dias em que se deve trabalhar. Venham nesses dias para serem curados, mas não no sábado.

15 Porém o Senhor lhe respondeu: — Hipócritas! Cada um de vocês não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber?

16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?

17 Tendo Jesus dito estas palavras, todos os seus adversários ficaram envergonhados. Entretanto, o povo se alegrava por todos os feitos gloriosos que Jesus realizava.


6 - Os filhos de Ceva pegos por espíritos malignos

11 Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários,

12 a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.

13 E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre pessoas possuídas de espíritos malignos, dizendo: — Ordeno que saiam pelo poder de Jesus, a quem Paulo prega. 14 Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote.

15 Mas o espírito maligno lhes respondeu: — Conheço Jesus e sei quem é Paulo; mas vocês, quem são? 16 E o possuído do espírito maligno saltou sobre eles, dominando a todos e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, nus e feridos, fugiram daquela casa.


A PROMESSA DA CURA DIVINA E A SUA ATUALIDADE

 

1. A cura divina é para hoje. Não há em toda a extensão do Novo Testamento qualquer indício de que a promessa da cura divina tenha sido restrita à era apostólica. O livro de Atos, que narra os primeiros anos de existência da Igreja, está pontilhado de curas milagrosas, inclusive na última viagem de Paulo, em direção a Roma (At 28.7-9), e termina de uma forma incomum, sem qualquer encerramento do texto, o que pressupõe a continuidade do ministério de poder que a Igreja exerceu nos seus primeiros anos. Hoje o Senhor ainda quer curar os enfermos!


segunda-feira, 12 de agosto de 2024

A GRANDE TRIBULAÇÃO






Lucas 21.28-31; 1 Tessalonicenses 5.1-4,9.

Lucas 21

28 — Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima.
29 — E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira e para todas as árvores.
30 — Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão.
31 — Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto.

1 Tessalonicenses 5

1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;
2 — porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.
3 — Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
4 — Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
9 — Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo.

I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO


1. O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia. Na língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como thilipsis que significa “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra é tribulum e se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua palha. A ideia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar.
Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.


2. O sentido da expressão Grande Tribulação. A expressão é essencialmente escatológica. No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o dia do Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus”. No Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt 24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.

3. Estará a Igreja na Grande Tribulação? Existem duas linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja não estará no primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários do arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os rigores da tribulação são exclusivamente para Israel. Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes dela, para livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1Ts 1.10; 3.10).

Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.

Os partidários da idéia de que a Igreja estará na primeira metade da Grande Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez que na seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações dos juízos divinos (Ap 6.2-8).

II. PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Dois principais propósitos se destacam: o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias; e o segundo é trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.

1. Levar Israel a receber o Messias. O profeta Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo especialmente para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse período são indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”, “o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais. São expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel. Portanto, antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente para o povo judeu.
Outrossim, o propósito de Deus para com Israel na tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele se converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).
Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela pregação do remanescente judeu (Mt 25.31-46; Ap 7.9), e entrará no reino milenial de Cristo

.2. Trazer juízo sobre o mundo. Ap 3.10 revela esse propósito quando fala a igreja de Filadélfia: “também eu te guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo inteiro”. A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as nações da Terra (Jr 25.32,33; Is 26.21; 2Ts 2.11,12), e Deus estará julgando-as por sua impiedade. Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao Falso Profeta na adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e, quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.

III. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO 

Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.

1. O que são as setenta semanas. A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.

2. Os três períodos das 70 semanas. O primeiro período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).

O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.

O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70ª.

3. A última semana profética.
No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe não é outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26). Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn 9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua tentativa será a de restabelecer a paz, sobretudo no Oriente Médio oferecendo um tratado. O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na linguagem figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império Romano.

Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação.

CONCLUSÃO

A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e, sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de Deus profetizados terão o seu cumprimento. Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja findando o parêntese profético entre a 69ª semana e 70ª. Não sabemos o dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.