1. Ao criar o homem e a mulher, Deus foi a origem da sexualidade humana (Gên. 1.27), sexualidade que alguns sedutores perverteram para servir como desculpa para seus excessos, mas que outros corretamente empregam para demonstrar que nada há de errado com o sexo per se.
2. A criação do homem e da mulher implica uma diferença de estado e ordem que é declarada abertamente em Gên. 3.16 e reiterada em termos claros por Paulo em I Cor. 11.3 e por Pedro em I Ped. 3.1.
3. No casamento, os dois parceiros têm obrigação de prover satisfação sexual um ao outro, ato que pode estar subordinado à procriação (Gên. 1.22, 28; 8.17), ou meramente dar prazer, que é um fator necessário à saúde e à manutenção de um ego respeitável (I Cor. 7.5).
4. A família é o objeto do sexo (Esd. 8.1-14), algo ilustrado pela quase obsessão demonstrada pelos hebreus e judeus em relação às genealogias.
5. O homem é o líder da família não meramente por motivos tribais, mas também p!lra liderança e
desenvolvimento espiritual (Oên. 3.16; Exo. 12.1-6; 20.12; Deu. 6.20-25).
6. O pai era o sacerdote da unidade da família até que foi desenvolvido um sacerdócio formal. Quando isso aconteceu, apenas homens eram sacerdotes aceitáveis e isso foi limitado ainda mais aos descendentes de Levi, através de Arão (Êxo. 19.22; Lev. 1.11).
7. Lideres espirituais especiais, os profetas, eram de modo geral, homens, mas havia exceções a essa regra (Exo. 15.20; Juí. 4.4; II Reis 22.14; II Crô. 34.22; Nee. 6.14; Isa, 8.3).
8. A distinção entre homens e mulheres era mantida de diversas formas, incluindo a regra de que a mulher não podia usar roupas masculinas e de que os homens não poderiam usar roupas tipicamente femininas (Deu. 22.5). Em um momento posterior, os estilos de cabelo também foram objeto de regras (I Cor. 11.14), mas a história nos mostra que na maioria dos povos os homens usavam cabelos longos, exceto entre os egípcios, que não gostavam de cabelos. Os homens não podiam cortar os cabelos laterais, pois esse era o estilo de cabelos pagão (Lev. 21.5).
Apenas na Diáspora (dispersão) foi que os homens judeus imitaram os estilos romanos para os cabelos, incluindo o corte, mas as mulheres continuaram mantendo cabelos longos. As tribos gregas mantinham práticas de cabelos longos e curtos para homens. A declaração de Paulo em 1 Cor. 11.14 reflete-se a costumes posteriores, não aos do Antigo Testamento.
9. A criação da mulher a partir da costela (Gên. 2.21, 22) ilustra o papel dominante do varão e também que a mulher deveria ser uma "ajudante" do homem (2.20). A mulher existia para propósitos utilitários e encontrava sua plenitude nesse serviço. O principal serviço da mulher era ter filhos e educá-los (Gên, 3.14-16).
10. As mulheres podiam e deveriam ter ocupações diferentes, mas sempre centradas na família (Pro. 31.1031). Elas poderiam ganhar dinheiro, mas trabalhando em casa.
11. A Bíblia culpa as mulheres pela entrada do pecado no mundo (Gên. 3.1-6) e isso levou à degradação da mulher na psique hebraica e judaica, a ponto de alguns rabinos chegarem a duvidar de que as mulheres tivessem alma. Até mesmo a dor do parto era atribuída ao pecado (3.1516), não a uma característica inadequada da anatomia feminina para o parto.
A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo Testamento, mas aparentemente não era respeitada para homens. Isso ajudava a evitar a confusão das linhagens familiares e, em sua essência, servia aos mesmos propósitos das leis contra o adultério. A procriação era tratada como um bem sem qualificação, contanto que mantida dentro das leis indicadas acima. O casamento era considerado o estado normal para homens e mulheres. O celibato era absolutamente estranho à mentalidade hebraica e judaica e, longe de deixar um homem mais qualificado espiritualmente, era considerado um dano ao homem e à sociedade. Os líderes judeus eram quase necessariamente homens casados, e a família era muito mais importante do que alguma piedade artificial e pessoal que possa ter sido promovida através do celibato.
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