domingo, 24 de abril de 2016

SER CRISTÃO NÃO É SER MASOQUISTA


Romanos 5.1-11.

1 — Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;

2 — pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

3 — E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;

4 — e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.

5 — E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

6 — Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

7 — Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

8 — Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

9 — Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10 — Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

11 — E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.







O SOFRIMENTO
1. Gloriar-se nas tribulações (v.3a).
O quadro glorioso registrado nos versículos 1 e 2 não significa uma vida totalmente isenta de tribulações. Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34)

Essas tribulações não são apenas dores, enfermidades, depressões, tristezas nem aflições; são também as pressões deste mundo hostil que crucificou o nosso Senhor Jesus Cristo (At 14.22). Jesus disse que no mundo teríamos aflição, mas que ficássemos seguros, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33).

2. Ser cristão não significa ser masoquista. Paulo não afirma nem dá a entender que ser cristão seja sentir prazer no sofrimento. Veja o que ele diz: “mas também nos gloriamos”. A Palavra é realista, mostrando que encontramos espinhos na jornada da vida cristã, e que, mesmo assim, o crente é feliz e glorifica a Deus. Isso em virtude da glória que em nós será revelada (Rm 8.18), e que traz resultados positivos para a vida cristã, pois tudo concorre para o bem dos que amam a Deus (Rm 8.28). Temos júbilos nas bênçãos e também nas tribulações.

3. “A tribulação produz a paciência” (v.3b). Aqui “paciência”, no grego, é hypomene, que vem de duas palavras gregashypo, “sob” e o verbo meno, “permanecer”.

O referido vocábulo significa: “paciência, perseverança, firmeza, fortaleza”. É a virtude de alguém sofrer com resignação. Se não existisse sofrimento não existiria paciência. Estejamos certos de que o bem proveniente da paciência é maior que os males das tribulações.

4. A paciência produz a experiência (v.4a). A paciência nas perseguições torna o cristão aprovado e vitorioso (2Ts 1.4,5). Isso serve para o nosso amadurecimento e para uma maior aproximação com Deus.

5. A experiência produz a esperança (vv.4b,5). O caráter cristão é produzido em meio aos sofrimentos. É nessas circunstâncias que o Espírito Santo mais trabalha a nossa vida, gerando em nós a confiança de que Deus nos levará à glória do porvir. A esperança está entre as principais virtudes da fé cristã, ao lado do amor e da fé (1Co 13.13).

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