sexta-feira, 3 de julho de 2015

O CRISTÃO E O ABORTO




Êxodo 21.22,23;....... Jó 3.16;.............. Salmos 139.13,14.

Êxodo 21:22,23

22 - Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente aquele que feriu será multado conforme o que lhe impuser o marido da mulher e pagará diante dos juízes.
23 - Mas, se houver morte, então, darás vida por vida.

Jó 3:16
16 - ou, como aborto oculto, não existiria; como as crianças que nunca viram a luz.
Salmos 139:13,14
13 - Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
14 - Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.



Não há motivo justificável, à luz da Bíblia, para a aceitação do aborto premeditado. O aborto provocado é um crime e uma covardia, pois a vítima não pode defender-se.

É difícil conceber a ideia de que uma vida onde habita o Espírito Santo, habite também a concepção de homicídio. A consciência cristã iluminada pelo Evangelho de Cristo, não permitiria tal situação.


SÍNTESE TEXTUAL

A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus?

O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender. Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar deliberadamente?


I- O TERMO ABORTO E A VISÃO BÍBLICA


1. Significado. A palavra aborto vem do latim, abortum, do verbo abortare, com o significado de “pôr-se o sol, desaparecer no horizonte e, daí, morrer, perecer”. Na Bíblia, o referido termo e seus cognatos aparecem em Jó 3.16; Sl 58.8; Ec 6.3 etc. Segundo o Grande Dicionário de Medicina, aborto “é a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do organismo materno...”.


2. O aborto na Bíblia. Não são muitas as referências sobre o tema. No Pentateuco, vemos uma referência sucinta sobre o caso de aborto acidental, em que uma mãe fosse ferida por alguém e viesse a morrer (Êx 21.22). Nesse caso, não haveria pena de morte, mas o causador teria que pagar uma indenização. Jó, lamentando o dia de seu nascimento, diz que preferia que não houvesse acontecido, pois seria como as crianças abortadas, que nunca viram a luz (Jó 3.16). Não há qualquer referência bíblica que dê margem ao ato do aborto provocado pois trata-se de um ato em que a vida de um ser indefeso é ceifada.

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II- O FETO EM SEU COMEÇO É UMA PESSOA

1. A infusão da alma no ser gerado. Entendemos que a alma e o espírito são colocados por Deus no embrião, com a concepção. É oportuno dizer aqui que a vida humana, do seu início ao fim, está em grande parte encoberta por um véu de mistério que só o próprio Criador e Sustentador conhece. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12.1); e mais, “Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante mim se enfraqueceria, e as almas que eu fiz” (Isaías 57.16).


2. O exemplo de João Batista e de Jesus. Ao que tudo indica, Maria, a mãe de Jesus, já o tinha no ventre há um mês (quatro semanas), quando foi visitar Isabel, sua prima. Esta já estava com seis meses de grávida de João Batista (Lc 1.36), tendo, nela, um feto de vinte e quatro semanas. A Bíblia nos mostra que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, “a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lc 1.41). No ventre de Maria, não estava “uma coisa”, mas o Salvador do Mundo; no ventre de Isabel não estava um ser desprovido de alma, mas uma “criancinha” que pulou de alegria ao ouvir a bendita saudação. O Espírito Santo agiu ali através de uma “criancinha” ainda em formação (v.41).


3. O embrião é uma pessoa. Mesmo sem ser uma pessoa completa, não é subumano. É uma pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completam-se todos os órgãos, apresentando inclusive as impressões digitais. Aos três meses, no útero, o bebê já está formado esperando crescer para vir à luz. Mesmo como ovo, ou feto, desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas possui alma e espírito dentro dele (ver Zc 12.1b).


III. TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO
1. Aborto natural. Ocorre por motivos ou circunstâncias naturais, implicando na morte do feto. Segundo a Medicina, pode haver aborto por várias causas. Dentre elas, destacam-se as seguintes: “Insuficiente vitalidade do espermatozóide; afecções da placenta; infecções sanguíneas; inflamações uterinas; grave exaustão, diabetes e algumas desconhecidas” (Reifler, p.131). Não há incriminação bíblica quanto a esse caso, pois, não havendo pecado, não há condenação. Em Deuteronômio 24.16b, diz-se que “cada qual morrerá pelo seu pecado”.

2. Aborto acidental. É resultado de um problema alheio à vontade da gestante. Uma queda, ou um susto acidental, inesperado e intenso podem provocar abortamento. Não há implicação ética quanto a isso. A referência de Deuteronômio 24.16b aplica-se a esse caso.


3. Aborto por razões eugênicas. É o aborto por eugenia, isto é, para evitar o nascimento de crianças deformadas ou retardadas. Nós cristãos, segundo os princípios bíblicos, não acatamos tal conceituação, puramente humanista. Pessoas retardadas ou deformadas, ao nascerem, têm personalidade e características verdadeiramente humanas. E, por conseguinte, têm direito à vida. Abortá-las é assassinato. A Bíblia diz: “...e não matarás o inocente...” (Êx 23.7).

4. “Mataram” Beethoven! Já é conhecido um texto em que um professor, desejando mostrar aos alunos como é falha a lógica humana, propõe o seguinte caso: “Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo, morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho vocês lhe aconselhariam?”. Os alunos pensaram e, diante das circunstâncias, sugeriram que o aborto seria aconselhável para que não nascesse mais um filho defeituoso. O professor, então, lhe respondeu: “Se vocês disseram sim à ideia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.
CONCLUSÃO
Há ainda outros casos em que a sociedade alega razões para a prática do aborto, mas sem qualquer respaldo bíblico. O cristão tem a ver com Cristo e a Bíblia, e não com o mundo e o seu modo de viver e agir. Com exceção do caso em que a vida não totalmente desenvolvida do bebê constituísse uma ameaça de morte para a vida plenamente desenvolvida da mãe, não há motivo justificável à luz da Bíblia para a realização do abortamento. Todavia, lembremo-nos de uma coisa: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Coríntios 5.10). Por isto, devemos agir de acordo com a ética cristã, levando-se em consideração, sempre, a santidade da vida.
Fonte: CPAD- EBD- Editado por Antonio Carlos Pimenta

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