quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A REPRIMIDA VIDA DOS CUBANOS

A vida em Cuba: falta de produtos básicos, salários miseráveis, casas apodrecendo — e vigilância
constante sobre as pessoas

Em Havana, os cidadãos cubanos são observados por câmeras a todo
momento para que não façam nada que possa melhorar suas condições de
vida. Boa parte das casas está em decomposição, caindo aos pedaços
(Foto: Mises.org.br)

 RELATOS DE UMA VIAGEM A CUBA
Artigo de Paulo Moura*
Em 1924, Trotsky e Stalin divergiram sobre os destinos da Revolução Russa. Trotsky defendia a necessidade de implantar o socialismo em todo o mundo. Stalin
defendia a viabilidade do socialismo num só país.
A Rússia vivia as dificuldades dos primeiros anos da revolução. Para estimular a economia, Lenin defendeu “dar um passo atrás para, depois, dar dois passos à
frente”. A Nova Política Econômica (NEP) restabeleceu a livre inciativa e a pequena propriedade para estimular o crescimento da economia para, depois, “avançar”
com a estatização total.
Com o fim da URSS, que importava açúcar a preços superiores aos de mercado (hoje, Cuba importa açúcar), os cubanos enfrentaram tempos difíceis. O regime
rendeu-se à “NEP” de forma envergonhada. Por isso, a escassez reina. Charutos, rum e turismo é o que Cuba vende. E agora, acabou-se o petróleo venezuelano
grátis. A esperança vem dos EUA.
O Estado emprega 7 milhões de “oficiales” num país de 11 milhões de habitantes. Mesmo nas empresas mistas (51% do governo e 49% do investidor), os
funcionários são públicos. O salário, em pesos, dura uma semana para compras nos armazéns do Estado.
Um cubano precisa de vinte e cinco pesos para comprar um CUC (peso conversível equivalente ao Euro). Os trabalhadores do tabaco recebem parte do salário em
folhas de fumo. Fabricam charutos piratas para vender aos turistas alegando serem produto de cooperativas. Agricultores e pescadores desviam produtos para
vender em CUCs no mercado paralelo.
Uma obra exequível em um ano de trabalho consome até cinco anos sob essas condições. Todos fazem corpo mole e precisam sair às ruas a partir das 14h para
trabalhos autônomos pagos em CUCs, caso contrário falta o que comer. Quem não consegue passa fome e pede comida, roupas e sabonete aos turistas.
Os serviços aos turistas são os mais rentáveis. Ao sair dos hotéis, você é abordado por pessoas que indicam restaurantes. Esse serviço é pago em comida pelos
donos dos “paladares” (restaurantes familiares, antes clandestinos e agora legalizados). O nome tem origem numa novela, na qual o personagem de Regina Duarte
tinha um restaurante chamado “Paladar”.
Os táxis são “ótimo” negócio. Há táxis “rentados” ao Estado e táxis privados. Quem arrenda o carro paga vinte e sete CUCs por dia ao governo. Mas o governo
proíbe o taxista privado de fazer ponto. Se for flagrado (há câmeras por toda Havana) “parqueado” em frente aos hotéis, o taxista paga quinhentos CUCs de multa.
 “Esses caras dão um passo adiante e dois para trás”, ironizou nosso taxista, lembrando Lenin.
O governo cobra dez por cento ao ano de imposto desses capitalistas. Não há taxímetro ou caixa registradora nos restaurantes, pequenos mercados, bancas de
artesanato ou salões de beleza. O leão socialista define uma média do que imagina ser o faturamento do pagador de impostos. Se for “subdeclarante”, o
empreendedor cubano conhecerá suas garras. Todos pagam um pouco mais do que a média oficial.
Não se veem cubanos obesos em Havana. O povo está acostumado a comer pouco e a passar muitas horas sem comer. Pagamos almoço a um taxista. Arroz, feijão,
salada; peixe, frango ou porco e um refrigerante. Carne de vaca não há. Um legítimo PF por quinze CUCs. “Com essa refeição posso passar três dias sem almoçar”,
disse ele.
Nos resorts de Varadero há cubanos “bem nutridos”. Os funcionários fazem as refeições nos hotéis. Maquiagem, roupas e calçados de melhor qualidade doados
pelos turistas fazem a diferença visual entre cubanos de Havana e Varadero. Cubanos de Havana não podem se mudar para Varadero para comer e vestir melhor. O
governo não deixa. Somente moradores próximos podem trabalhar nos hotéis.
O povo cubano vive amontoado em casas em decomposição. Três gerações sob o mesmo teto. Caminhões pipa abastecem suas caixas d’água. Água também é
produto escasso.
Os táxis são inacessíveis para quem não ganha em CUCs. Os cubanos vivem na rua e nas praças e só vão para casa dormir. Caminham muito pela cidade pois o
transporte coletivo é precário, escasso e lotado. Em Havana, são ônibus velhos. Fora de Havana, o transporte faz-se em caçambas de caminhões com bancos de
madeira e cobertos com lona.
*Paulo Moura, professor universitário, é cientista social, consultor de comunicação e marketing político em campanhas eleitorais e analista político e de
pesquisas de opinião e de mercado

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

JESUS E OS SINAIS DE SUA VINDA..

Mateus 24.4-8,12,14.

                                       

4 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5 - porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
6 - E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7 - Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
8 - Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
12 - E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
14 - E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.


PONTO DE CONTATO

O que nos reserva o futuro? Para onde estamos indo? Quando chegaremos ao fim dessa jornada? Espera-nos a paz ou a guerra, a prosperidade ou a adversidade? Tais são as perguntas que ressoam em nossa mente. Os homens não sabem para que lado deverão voltar-se. As nações estão perplexas. Um egoísmo coletivo parece ter-se apossado da raça humana inteira. Um espírito de ambição e concupiscência domina os corações dos homens. Milhares de pessoas ansiosas e perplexas indagam com insistência: “O que acontecerá em seguida?”.
Só a Palavra de Deus tem a resposta. Deus conhece o fim desde o princípio. O Senhor escreveu a história com antecedência, e chamou isso de profecia.
Convém que atentemos aos sinais do fim e nos preparemos: “Perto está o Senhor” (Fp 4.5).



Em toda a Bíblia, não há exposição mais clara sobre o tempo do fim do que o vigésimo quarto capítulo do Evangelho de Mateus. Trata-se da história contada pelo próprio Cristo acerca dos dias futuros. Não estamos nas trevas da ignorância sobre isso. O futuro foi desvendado, e sabemos algo do que acontecerá. Jesus nos alertou através de vários sinais.



                                                              

Introdução

Jesus, em seu sermão profético, deixou registrado os principais eventos futuros que se descortinarão sobre a humanidade. Ele enfatizou a necessidade da vigilância dos salvos, à espera do arrebatamento da Igreja, à vinda de Jesus para os seus, ao dizer: “Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.44).
I. SINAIS DA VINDA DE JESUS NA ESFERA RELIGIOSA

1. Os falsos cristos e falsos profetas (vv.4,5,11). Jesus alertou para o surgimento de pessoas, em seu nome, “dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (v.5). É a velha tática do Diabo, enganando a humanidade (2 Jo 1.7; 2 Co 11.14). Os falsos profetas estão por aí, e já previram a volta de Jesus para 1993, 1997, 1998, 1999, e 2000. Ele advertiu que o dia e a hora de sua vinda ninguém sabe (ler Mt 24.36,42,44,50; 25.13). É melhor pregar que Jesus pode vir hoje.

2. Falsos ministros do evangelho. Jesus previu que certos ministros do evangelho agirão de modo errôneo, espancando a igreja, com sua sede de poder, de vícios e maldades, pensando que o Senhor vai tardar (vide Lc 12.45). Nos últimos anos, tem sido grande o número de escândalos provocados por ministros, “espancando” a consciência dos crentes mais fracos.

3. A globalização do evangelho (v.14). Enquanto os homens desenvolvem a globalização econômica, científica e tecnológica, a Igreja do Senhor vai cumprir sua missão, nos últimos tempos, globalizando a mensagem do evangelho, através de todos os meios disponíveis, seja rádio, jornal, televisão, satélite, fibra ótica, telefone, telemática, raios laser, Internet, etc, sem deixar de usar os legítimos e eficazes meios tradicionais de evangelização, como culto ao ar-livre, evangelismo pessoal, em massa, de grupos, nos lares, jornais, livros, revistas, folhetos, etc. Paulo mostra que é necessário usar todos os meios para salvar alguns (1 Co 9.22).

4. O Estado de Israel (Lc 21.23,24). Israel foi disperso pelas nações, por ter rejeitado o Messias. Mas Jesus previu seu retorno, para se tornar uma nação politicamente organizada (Jr 31.17; Ez 11.17; 36.24; 37.21). Em 14 de maio de 1948, a ONU aprovou a criação do Estado de Israel. Foi o renascimento nacional daquela nação, cumprindo o que diz Ez 37.7,8. Falta o renascimento espiritual (Ez 37.9), que só acontecerá em meio à Grande Tribulação (Zc 12.10; Rm 11.25,26). Devemos ficar atentos, pois Israel é chamado “relógio de Deus”, indicando a hora do fim.

II. SINAIS DO CÉU

Jesus previu que, antes do arrebatamento, “haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu” (Lc 21.11,25). Em At 2.19, lemos: “e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça”. Muito se tem falado nos discos voadores, ou OVNIs. Serão eles de Deus? Do Diabo? Da Terra? Acreditamos que não são de Deus, pois causam confusão, medo e pavor. Se for do homem, trata-se de uma tecnologia desconhecida. Ao que tudo indica, são aparições demoníacas, que impressionam os homens, em sua mentalidade tecnicista, afastando-os de Deus.
III. SINAIS EMBAIXO NA TERRA

1. Terremotos em vários lugares (v.7). Os terremotos são sinais na Terra (At 2.19), usados por Deus como indicadores de seus desígnios sobre o planeta. Para que se tenha uma ideia, os terremotos estão aumentando em número, a cada ano. Entre 1901 e 1908, houve mais terremotos do que nos dezenove séculos. Dados científicos indicam que, neste século, já houve mais de um milhão de terremotos, em graus de intensidade diferentes. É Deus falando. As pedras falam (Lc 19.40). Quando da morte de Jesus, as pedras falaram (Mt 27.51).

2. Secas e catástrofes eco lógicas (At 2.19). Há fenômenos estranhos. O chamado “El Nino” tem provocado secas em umas regiões, enquanto causa enchentes em outras, confundindo os meteorologistas. O planeta está sendo destruído pelo homem. A poluição do ar, das águas e do solo causam prejuízos inimagináveis ao meio ambiente e ao ser humano. Mas, por trás dessa ação maléfica, está o espírito demoníaco, que deseja provocar o maior número de mortes, de pessoas que não tem a salvação, para levá-las ao Inferno. Ainda bem que a Bíblia diz que Deus punirá os que destroem a terra (Ap 11.18).

IV. SINAIS NA VIDA POLÍTICA1. Guerras e rumores de guerra (v.6). Após as duas guerras mundiais, do século passado, ocorreram muitas outras guerras menores, como no Sudeste asiático, no Oriente Médio, nas Américas, na África e, mais recentemente, na Europa, com a guerra na ex-Iugoslávia, envolvendo a Sérvia, a Croácia, Kosovo e outras regiões. A China vive em estado de guerra contra Taiwan. É “nação contra nação, e reino contra reino” (v.7). Lembramos que há guerras eletrônicas, que podem trazer catástrofes reais. É “o princípio de dores” (vv.6,8). Vale salientar que ninguém sabe até quando durará esse “princípio”. Não nos esqueçamos de que “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pedro 3.8). É necessário ficarmos atentos.

2. Formação de blocos econômicos. É a preparação do palco para a encenação do governo do Anticristo. Em Ap 13.3,7 e 17.12,13, vemos a previsão do renascer do Império Romano. A Comunidade Europeia, com sua moeda única e um parlamento supranacional, já preparam o terreno para o governo mundial. Na América do Sul, há o Mercosul e na América do Norte, o Nafta.

V. SINAIS NA VIDA SOCIOECONÔMICA
1. Fomes (v.7a). O homem já sabe como chegar a Marte. Mas não sabe como fazer a comida chegar à mesa da maioria das pessoas. A fome é uma realidade, que acomete quase dois terços da humanidade. Todos os sistemas econômicos têm falhado. A fome atinge milhões de pessoas.

2. Pestes. Em nosso País, doenças endêmicas do início do século, como a dengue, a tuberculose, o sarampo e outras, estão voltando, apesar de todos os recursos da Medicina. Na África, há pouco tempo, surgiu o vírus Ebola, de efeito tão devastador, que mata uma pessoa em vinte e quatro horas; a AIDS (em português: Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida), já acomete mais de 20 milhões de pessoas, ameaçando propagar-se rapidamente por todo o mundo. Certamente, é sinal de que o fim está próximo. Fomes e pestes são juízo de Deus sobre os ímpios (Dt 28.48; Dt 32.24; 1 Rs 18.2).


VI. SINAIS NA VIDA MORAL
1. Aumento da iniquidade (v.12). Os homicídios, latrocínios, sequestros, estupros e outros atos de violência têm se multiplicado e aterrorizado as cidades, alimentados pelo tráfico de drogas, de armamentos, de prostituição, até de crianças. Mas iniquidade não é só a prática de violência e corrupção. É a falta de equidade. Muitos, mesmo se dizendo evangélicos, têm agido com iniquidade, praticando a injustiça contra os irmãos. Em consequência, o amor tem esfriado, como Jesus previu.

2. Depravação, como nos dias de Ló (Lc 17.28; Gn 19). Como no tempo de Ló, a imoralidade se espalha. Em lugar do casamento, da família tradicional, prega-se abertamente outros tipos de união tais como “produção independente”, em que uma mulher se junta com um homem, que faz o papel apenas de reprodutor, sem que se casem, para ter um filho. Homossexuais e lésbicas têm o apoio legal para suas práticas, condenadas pela Bíblia (Lv 20.13: Dt 23.17,18; Rm 1.23-28). Mas será severo o juízo de Deus sobre esse comportamento social (vide Lc 17.28-30).


CONCLUSÃO
Os ensinos de Jesus são um alerta solene sobre a natureza, a forma e o tempo em que ocorrerá a sua vinda, quando os mortos ressuscitarão e os vivos serão transformados, para encontrá-lo nos ares. Que o Senhor nos ensine e nos ajude a ter uma vida santa de tal maneira que nosso “espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO?


                       
                    
Sexo premarital é pecado e, igualmente o extramarital.

1. Fornicação. Prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro. O fornicário não entra no céu (Ap 21.8; Gl 5.19 e 1 Co 6.18).
2. Adultério. Relação sexual de casados com pessoas que não são seus cônjuges (Mt 5.27; Mc 10.9 e Rm 13.9). É grave e desastroso pecado (Pv 5.1-5).

3. Prostituição. Em sentido geral, envolve todas as práticas sexuais pecaminosas. Em sentido estrito, é a intimidade sexual com prostitutas e a infidelidade conjugal. Deus a proíbe com veemência (Dt 23.17); é grave pecado (1 Co 6.16); é insanidade, loucura, estupidez e torpeza (Pv 7.4-10; 1 Co 6.15-18).

4. Homossexualismo. É a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Contrariando a opinião de muitos, a Bíblia condena, pois é abominação ao Senhor (Lv 20.13; 18.22; Dt 23.17,18), perversão sexual de Sodoma — sodomia (Gn 19.5). Deus destruiu cidades por causa disso (Dt 23.17). Não entram no Reino de Deus os que praticam tais atos (1 Co 6.9,10).

5. A masturbação. Há ensinadores que não a consideram pecado de forma alguma. Outros, dizem que é totalmente errado. Outros, ainda, dizem que, se não for por vício, mas por necessidade, torna-se moralmente justificável. De qualquer forma, é pecado, por contrariar o plano de Deus, pois o sexo não deve ser egoísta, mas partilhado com outra pessoa, no âmbito do casamento. A masturbação está sempre associada a fantasias sexuais.

CONCLUSÃO
Os preceitos bíblicos que dão conta da sexualidade se identificam com o que Jesus chamou de “caminho estreito”, o qual poucos se dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os meios de comunicação em massa aprovam, promovem, incentivam e exaltam o erotismo, sensualidade, a prostituição e o sexo fora do casamento, de modo irresponsável e pecaminoso é necessário que o cristão tome posição firme e consciente. Ele deve orientar-se pelos princípios morais e éticos, para a sexualidade, à luz da Palavra de Deus.