quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

# AVE SOLITÁRIA...




                                                                                       
Chuvas fortes, muito vento
Tempestade de verão
Vejo uma ave sem ninho
Que voa em busca do pão.    

Sozinha em pleno deserto
Lutando contra o perigo
Buscando um ninho vazio
Que te sirva de abrigo.

A pobre ave alquebrada
Deixava teu lindo mundo
Definhava a cada dia
Em seu desgosto profundo.         
Falta fazem, as verdes matas
Que amava, e que a acolhia
As cachoeiras, e as cascatas
Eram fontes de energia.

Devaneios ou fantasias

Isso nunca lhes passou

Hoje está convencida
Sorte e vida, a enganou.

Suas asas, mal alçam voos
Seu cantar, lamentos são
A pobre ave esquecida   
Morre aos poucos de paixão.
 
Nas noites frias a saudade
Seus gorjeios são de dor
Depauperada e vencida
Seus olhos perderam a cor.

Do céu só lembranças, em   
Nenhuma parábola encontra
Esperanças, pois não fez o que
Era preciso, perdeu a coroa da
vida e o aconchego
 Do seu majestoso Criador...

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