domingo, 23 de novembro de 2014

ATÉ A NAÇÃO ELEITA FOI CORTADA! - ROMANOS: 11:17-23


Paulo pregação
“Se alguns ramos foram cortados, e você, sendo oliveira brava, foi enxertado entre os outros e agora participa da seiva que vem da raiz da oliveira, não se glorie contra esses ramos. Se o fizer, saiba que não é você quem sustenta a raiz, mas a raiz a você. Então você dirá: ‘Os ramos foram cortados, para que eu fosse enxertado’. Está certo. Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. Pois se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você. Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado. E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar” (Romanos 11:17-23)
Este é um dos textos mais difíceis de um calvinista deturpar e dizer que aquelas pessoas nunca foram salvas, ou que apenas perderam uma recompensa. O texto é claro: aqueles indivíduos (os gentios convertidos) foram “enxertados” na oliveira, representando que eles agora estavam em Cristo, mediante a fé. Mas ao invés de Paulo dizer que eles estariam garantidos na oliveira não importa o que acontecesse, ele faz justamente o contrário, se antecipando a essa possível objeção e dizendo que Deus não lhes pouparia caso desobedecessem, e que havia a possibilidade de eles serem cortados da oliveira.
Mais uma vez, vemos aberta a possibilidade de apostasia, de ser cortado do Reino, de deixar a oliveira, mesmo já estando lá uma vez. Ele não diz que as pessoas que foram enxertadas na oliveira ali permaneceriam incondicionalmente para sempre, mas os alerta com tanto rigor para a possibilidade de serem cortados que é impossível pensar que ele fosse um “calvinista”. Além da permanência na oliveira ser condicional (v.22), ainda havia como ser cortado (v.22), razão pela qual eles deveriam “temer” (v.20). Temer o que, se é realmente impossível perder a salvação?
Extraído do livro “Calvinismo X Arminianismo: quem está com a razão?”,

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

"CONSCIÊNCIA NEGRA" 35 ANOS..


Apresentação

“A luta pela liberdade dos negros brasileiros jamais cessou. Em 1971, um significativo capítulo de nossa história vinha à tona pela ação de homens e mulheres do Grupo Palmares. Lá do Rio Grande do Sul era revelada a data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República de Palmares. Passados sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. Em 1978, era dado o passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói nacional, vinculado diretamente à resistência do povo negro.
Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às tentativas de aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil.
Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.
Que este 20 de Novembro, assim como todos os outros, seja de muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial!”
Matilde Ribeiro Ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
                                                                                     Racismo no Brasil
racismo.jpgO racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças humanas por considerarem algumas superiores a outras.
Quando se fala de racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra os negros, mas o racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas.
Pode ser contra negros, asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo.
O racismo em uma pessoa tem diversas origens, depende da história de cada um. Em alguns casos, pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale ressaltar que se ele for provado, é um crime inafiançável, com pena de até 3 anos de prisão.
Além disso, algumas pessoas valorizam tanto a superioridade de raças que acreditam na purificação delas, onde dominariam o meio em que vivem. Essa justificativa apareceu na escravidão, em que os negros trabalhavam em condições precárias e eram vendidos como objetos. No nazismo, o foco principal eram os judeus, mas também perseguiam negros, homossexuais, entre outras minorias, para serem executados nos campos de concentração.
Com isso, percebe-se como o racismo fez parte da história, e como alguns grupos sofreram muito com isso.
Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Em alguns casos, ele ocorre de forma sutil, em que nem é percebido pelass pessoas.
Pode acontecer em forma de piadas, xingamentos, ou simplesmente evitar o contato físico com a pessoa. A verdade é que nenhum lugar está protegido do racismo.
Diferenças entre Raça e Etnia

raçaeetnia.jpgEmbora seja dito muitas vezes como sinônimos, existem certas diferenças entre raça e etnia. Raça se expressa nas características visíveis da pessoa, ela engloba as características físicas, tais como tonalidade de pele, formação do crânio e do rosto e tipo de cabelo.
A etnia também se refere a isso, mas ela vai além das características físicas da pessoa, ela inclui a cultura, nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e tradições.
Dentre as várias raças humanas, as quatro principais são:
Caucasianos: De origem europeia, norte-americana, árabes e até indiana. Com exceção dos mediterrânicos, tem nariz estrito, lábios delgados e cabelos lisos ou ondulados. Tem como principais características pele e olhos claros. 
Mongoloides: De origem asiática, apresentam a tonalidade de pele amarelada, cabelos lisos, rosto achatado ou largo e nariz de forma variada. Variaram dessa raça os esquimós e índios americanos.
Australóides: Tem como características os olhos escuros, cabelo encaracolado e nariz largo. A tonalidade da pele é escura, quase negra.
NegrosDe origem africana, apresentam as características de pele escura, olhos escuros, lábios grossos, nariz achatado e cabelos crespos.
Como no Brasil há uma mistura de raças muito forte, algumas se tornaram principais no país, além das quatro citadas acima. São elas:
Mestiços: Mistura de duas ou mais raças.
Mulato: Descendente de branco com negro.
Caboclo: Descendente de branco com índio.
Cafuzo: Descendente de negro com índio.
Após a colonização, os portugueses trouxeram os negros para serem escravos no país. A partir daí, implica-se dizer que os principais grupos a habitar o país foram os portugueses, índios e negros. Esses grupos ajudaram a construir a mistura de raças que compõe o país atualmente. Além deles, vieram os italianos, japoneses, espanhóis, entre outros.
A partir dessa união de raças desenvolveu-se o que é o país hoje em dia, e como passaram a ser criados novos costumes e tradições, nascendo assim a etnia.

O SAL PERDE O SABOR E O CRENTE A SALVAÇÃO?

  • “O sal é bom, mas se deixar de ser salgado, como restaurar o seu sabor? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Marcos 9.50)

sal
As palavras acima deixam claro que é possível que o sal perca seu sabor, de modo que não possa mais ser restaurado. Obviamente, Jesus não estava preocupado com o sal, mas estava fazendo uma analogia com os crentes, que ele disse que são “o sal   da terra” “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mateus 5.13)
(Mt.5:13), Mas, ao invés de dizer que este sal nunca poderá perder seu sabor ou deixar de ser salgado (o que indicaria logicamente a perda da salvação), ele diz exatamente o contrário, confirmando, mais uma vez, que uma vez salvo não é, necessariamente, salvo para sempre.
O termo “restaurar” nos mostra que a referência é a pessoas que uma vez foram salvas, pois se o texto estivesse falando de falsos convertidos que nunca foram salvos de verdade ele nunca teria empregado a palavra “restaurar”, que induz ao fato de que já foram transformados uma vez. Eles não poderiam “perder” o sabor se já não tivessem tido o sabor. Se Jesus estivesse falando de falsos convertidos, ele não teria dito que eles eram o sal da terra, mas que pareciam ser o sal da terra. Mas o texto transmite a ideia de algo real, de alguém que realmente foi salvo uma vez.
Além disso, o mundo não é “sal”, e nem pode ser considerado “bom”, como Jesus disse em relação ao sal (Mc.9:50). O sal é, então, claramente uma figura dos crentes fieis. Mas Jesus também disse que esse sal pode perder o seu sabor e nunca mais ser restaurado, que não servirá para nada e que será jogado fora e pisado pelos homens (Mt.5:13).
Isso é nitidamente um retrato da condenação de pessoas que se perderam. É difícil imaginar que Jesus estivesse dizendo que pessoas ainda salvas não servissem para nada, não pudessem ser restauradas e seriam pisadas pelos homens. Isso a Bíblia sempre fala em relação aos descrentes, nunca aos crentes. Em Malaquias, por exemplo, Deus disse:
“Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha, e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. E pisareis os ímpios, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que farei, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 4:1-3)
Os que são “pisados”, portanto, se refere aos ímpios que serão condenados no juízo. Jesus não estava inventando ou acrescentando nada que já não tivesse sido claramente dito por Deus acerca dos ímpios e que era muito bem conhecido pelos judeus. Eles sabiam perfeitamente que o “pisados pelos homens” era uma referência à condenação dos ímpios descrita em Malaquias, onde exatamente esta mesma linguagem havia sido empregada.
Portanto, por consequência lógica essa associação demonstra que o “sal” não apenas “perde uma recompensa”, mas incorre na mesma condenação dos ímpios, e isso só pode ocorrer por ter perdido a salvação, já que ele realmente era um “sal da terra” antes, e não um falso convertido. A possibilidade da perdição foi aberta, então ela pode acontecer.
Extraído do livro “Calvinismo X Arminianismo: quem está com a razão?”, Biazo

PERANTE DEUS ATÉ A TRISTEZA SALTA DE PRAZER?

por Ciro Sanches Zibordi
Perdi a conta das vezes em que ouvi pregadores — alguns de renome — afirmando, com base em Jó 41.22, que "perante Deus até a tristeza salta de prazer". Alguns expoentes, após a leitura desse versículo bíblico, até mandam os irmãos olharem uns para os outros e dizerem: "O Deus que põe fim à tristeza, transformando-a em alegria, está conosco". Ora, a quem o aludido texto de Jó se refere? Intuitivamente, qualquer pessoa responderia: "A Deus, é claro", visto que o Senhor, de fato, espanta a tristeza por meio da alegria, uma vez que na presença dEle há abundância de alegria, diz o salmista (Salmos 16.11).

Que tal fazermos uma leitura rápida do capítulo 41 do livro de Jó? Aliás, antes disso, é importante observar que, no capítulo 38, Deus começou a chamar a atenção do patriarca Jó para a obra da sua maravilhosa criação: "Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?” (v. 4). A partir do capítulo 40, Deus mostra a Jó a força de alguns animais, destacando o beemote (um grande quadrúpede das selvas, similar ao hipopótamo) e o "monstro das águas", o leviatã, termo que o famoso filósofo — e teólogo — inglês Thomas Hobbes tomou emprestado, no século XVII, para descrever o Estado.

Segue-se que o texto de Jó 41.22 (ARC) —"No seu pescoço pousa a força; perante ele, até a tristeza salta de prazer" — é a continuação da descrição das características do leviatã e nada tem que ver com Deus! Mas, antes que alguém resolva sair por aí pregando que a tristeza salta de prazer diante do leviatã, permita-me explicar o versículo em apreço à luz da Teologia Exegética, ciência que abarca Hermenêutica e Exegese. Em Jó 41 vemos uma descrição hiperbólica do leviatã (animal similar a um crocodilo, mas muito maior em tamanho), a qual aponta para a ferocidade desse animal. A versão bíblica Revista e Atualizada de Almeida (ARA) apresenta uma tradução um pouco mais clara do versículo 22: "diante dele salta o desespero".

Já a Almeida Revista e Corrigida (ARC) foi baseada num manuscrito que contém uma falha do copista. Antigamente, todas as cópias eram feitas à mão; no hebraico bíblico, um pequeno sinal, quase imperceptível, é capaz de mudar completamente o sentido de uma palavra. O capítulo 41 de Jó apresenta, também, uma descrição do leviatã difícil de se entender: "Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz" (v. 18); "Da sua boca saem tochas" (v. 19); "Do seu nariz procede fumaça" (v 20); e "O seu hálito faria acender os carvões" (v. 21). Essas características, evidentemente, devem ser interpretadas como figuras poéticas de grande valentia do animal, e não como características reais.

Por que o texto de Jó 41.22 faz referência ao leviatã, e não a Deus? Porque, diante do exposto, o Criador — ao descrever a Jó as características de suas criaturas — tinha como objetivo convencer seu servo, que estava se gabando de sua justiça perante seus amigos, de sua pequenez. Veja a ironia de Deus nesta pergunta retórica: "Poderás pescar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com a corda?" (v. 1). Ele queria mostrar a Jó, através do indomável, terrível e indomesticável animal (v. 7), coberto de escamas duras como o ferro (vv. 15-17,26), o seu poder como Criador e Senhor: "Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim?" (v. 10).

Portanto, o expoente das Escrituras que se preza nunca deve desprezar o contexto de uma passagem bíblica. As Escrituras foram divididas em capítulos e versículos apenas para que haja maior facilidade na procura de textos, mas isso não significa que um versículo tem autoridade em si mesmo, de forma isolada. A interpretação de cada versículo deve ser feita em sintonia com os contextos geral, imediato, referencial, histórico-cultural e literário.

Pr. Ciro Sanches Zibordi

A ORIGEM DO PAPAI NOEL

Por Rainer Sousa
Durante a desintegração do Império Romano, notamos que muitas das populações bárbaras que chegam até a Europa trouxeram consigo uma série de tradições que definiam a sua própria identidade religiosa. Nesse mesmo período, a expansão do cristianismo foi marcada por uma série de adaptações em que as divindades, festas e mitos das religiões pagãs foram incorporados ao universo cristão.
Entre outros exemplos, podemos falar sobre a figura do Papai Noel, que para os cristãos de hoje representa o altruísmo, a bondade e alegria que permeia a celebração no nascimento de Cristo. Contudo, poucos sabem de onde essa figura barbuda e rechonchuda surgiu. É justamente aí que as tradições religiosas pagãs nos indicam a origem do famoso e celebrado “bom velhinho”.
No tempo em que os bárbaros tomavam conta do Velho Mundo, existia uma série de celebrações que tentavam amenizar as rigorosas temperaturas e a falta de comida que tomavam a Europa nos fins de dezembro. Foi nessa situação em que apareceu a lenda do “Velho Inverno”, um senhor que batia na casa das pessoas pedindo por comida e bebida. Segundo o mito, quem o atendesse com generosidade desfrutaria de um inverno mais ameno.
A associação entre o Velho Inverno e São Nicolau apareceu muitas décadas depois. De acordo com os relatos históricos, São Nicolau foi um monge turco que viveu durante o século IV. Conta a tradição cristã que este clérigo teria ajudado a uma jovem a não ser vendida pelo pai, jogando um saco cheio de moedas de ouro que poderiam pagar o dote de casamento da garota. Somente cinco séculos mais tarde, São Nicolau foi reconhecido pela Igreja como um santo.
A partir desse momento, o dia 6 dezembro passou a ser celebrado como o dia de São Nicolau. Nesta data, as crianças aguardavam ansiosamente pelos presentes distribuídos por um homem velho que usava os trajes de um bispo. Foi a partir de então que a ideia do “bom velhinho” começava a dar os seus primeiros passos. Do “velho filão”, conhecido nos últimos séculos da Antiguidade, passava-se a reconhecer a figura de um homem generoso.
Nos fins do século XIX, o desenhista alemão Thomas Nast teve a ideia de incorporar novos elementos à imagem do bom velhinho. Para tanto, publicou na revista norte-americana “Harper’s Weekly” o desenho de um Papai Noel que, para os dias atuais, mais se assemelhava a um gnomo da floresta. Com o passar dos outros natais, ele foi melhorando seu projeto original até que o velhinho ganhou uma barriga protuberante, boa estatura e abundante barba branca.
Apesar das grandes contribuições oriundas do experimentalismo de Nast, temos ainda que desvendar a origem da sua roupa avermelhada. De fato, vários desenhos já haviam retratado o Papai Noel com trajes das mais variadas formas e cores. Contudo, foi em 1931 que Haddon Sundblom, contratado pela empresa de refrigerantes “Coca-Cola”, bolou o padrão rubro das vestimentas do bom velhinho. Com passar do tempo, a popularização das campanhas publicitárias da marca acabaram instituído o padrão

DEZ FALSOS MOTIVOS PARA NÃO CELEBRAR O NATAL..

O significado do Papai Noel foi sendo elaborado desde a Antiguidade
Com a aproximação do mês dezembro, alguns cristãos inimigos do Natal — que ironia! — começam espalhar nas redes sociais textos e vídeos pelos quais satanizam o Natal, como se este trouxesse muitos males à cristandade. Neste artigo refutarei pacientemente, item por item, o texto preferido dos evangélicos que se opõem ao Natal: “10 motivos para não celebrar o Natal”.

1. “A Bíblia não manda celebrar o nascimento de Cristo”.
Refutação: de fato, na Bíblia não está escrito: “Celebrai com júbilo o Natal de Cristo, todos os moradores da terra”. Mas nem tudo, nas Escrituras, é tratado por meio de mandamentos. A Bíblia é, também, um Livro de princípios, doutrinas, tipos, símbolos, parábolas, metáforas, profecias, provérbios, exemplos, etc. E um grande exemplo foi dado pelos anjos de Deus, que celebraram o Natal de Cristo, dizendo: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14). Se há cristãos fanáticos, a ponto de se apegarem à questiúncula de que não existe um mandamento específico para se celebrar o Natal, que parem também de comemorar o Dia do Pastor, o Dia da Bíblia, o Dia da Escola Dominical, o Dia de Missões, a Festa das Nações, o Ano de Gideão, o Ano de Davi, o Ano da Colheita, o Feriado da Visão, o Ano Apostólico, a Semana Profética, etc. Ah, e também parem de receber presentes de aniversário, pois não há nenhum mandamento bíblico para celebrarmos o nosso aniversário!

2. “Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Essa data foi designada por Roma numa aliança pagã no século IV. A primeira intenção era cristianizar o paganismo e paganizar o cristianismo; de acordo com o calendário judaico, Jesus nasceu em setembro ou outubro”.
Refutação: ora, como se sabe, Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Mas essa data foi escolhida pela Igreja Católica Romana (casada com o Estado, à época) a fim de induzir os pagãos — que adoravam o sol — a celebrarem o nascimento de Cristo. Em outras palavras, a intenção do imperador romano foi boa! Considerando que já havia uma grande comemoração pagã no mesmo dia, ele induziu a todos a se lembrarem do dia natalício de Cristo na data que eles estavam acostumados a adorar um deus falso! Bem, digamos que, um dia, ocorra um grande avivamento no Brasil, e conversões em massa aconteçam. O Brasil, então, se torna 100% evangélico, e o Estado brasileiro decide que 12 de outubro passará a ser um o Dia de Louvor a Jesus Cristo! O leitor se revoltaria contra essa data, sob a alegação de que ela fora outrora consagrada à Senhora Aparecida?

3. “A igreja do Senhor está vivendo a época profética da festa dos tabernáculos, que significa a preparação do caminho do Senhor; e, se você prepara o caminho para Ele nascer, não o prepara para Ele voltar”.
Refutação: veja que contradição! Pessoas se arvoram contra o Natal porque não existe um mandamento específico sobre essa celebração, mas, ao mesmo tempo, apegam-se a uma simbologia “forçada”, com base na festa dos tabernáculos, para se oporem ao Natal de Cristo? Ora, uma das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus é a encarnação do Verbo, isto é, o seu glorioso nascimento (Jo 1.14; 1 Tm 3.16). Aliás, a obra da redenção está em um tripé: nascimento do Senhor, sua morte e sua ressurreição (Gl 4.4; 1 Co 15.1-4). Ignorar o Natal de Cristo é deixar de valorizar uma parte de sua obra salvífica.

4. “O natal é uma festa que centraliza a visão no palpável e esquece do que é espiritual. Para Jesus o mais importante é o Reino de Deus, que não é comida nem bebida, mas justiça e paz no espírito”.
Refutação: o Natal de Cristo, em si, não é uma festa de comida e bebida. São as pessoas do mundo sem Deus que só priorizam isso, em detrimento de real sentido da celebração em apreço. Quanto ao cristão que se preza, deve ser diferente das pessoas do mundo, a despeito de estar no mundo. Ele não se conforma com o modus vivendi das pessoas do mundo sem Deus (Rm 12.1,2), nem abraça o modo cada vez mais sincrético e consumista de se celebrar o Natal (cf. 1 Co 10.23-32). A despeito de o Reino de Cristo ser preponderantemente espiritual, somos pessoas normais, que precisam comer, beber, dormir, trabalhar, participar de eventos festivos, etc. Segue-se que se alegrar com a família, no fim de dezembro, com um grande almoço ou jantar, glorificando a Cristo por seu Natal e sua obra vicária, como um todo, é lícito e conveniente ao cristão equilibrado, não legalista.

5. “O natal se tornou um culto comercial que visa render muito dinheiro. Tirar dos pobres e engordar os ricos. É uma festa de ilusão em que muitos se desesperam porque não podem comprar um presentinho para os filhos”.
Refutação: a afirmação acima é reducionista, visto que não pondera que o Natal de Cristo subsiste sem o aludido “culto comercial”. A Páscoa, por exemplo, não deixa de ser legítima em razão de ser usada pelo mundo capitalista para explorar o consumismo. Se há uma celebração de Natal que prioriza o comércio, existe, também, uma celebração que prioriza Cristo. Segue-se que o motivo alegado para não celebrar o Natal de Cristo é, além de reducionista, generalizante e preconceituoso.

6. “O natal está baseado em culto a falsos deuses nascidos na Babilônia. Então, se recebemos o natal pela Igreja Católica Romana, e esta, por sua vez, a recebeu do paganismo, de onde a receberam os pagãos? Qual a origem verdadeira? O natal é a principal tradição do sistema corrupto, denunciado inteiramente nas profecias e instruções bíblicas sobre o nome de Babilônia. Seu início e origem surgiram na antiga Babilônia de Ninrode. Na verdade, suas raízes datam de épocas imediatamente posteriores ao dilúvio”.
Refutação: para início de conversa, o argumento acima despreza o fato de o Natal de Cristo preceder e transcender o paganismo que se infiltrou na Igreja Católica Romana. O nascimento do Senhor Jesus foi celebrado até pelos anjos, que exclamaram: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14). E mais: os magos do Oriente adoraram o Menino, ofertando-lhe dádivas, em uma casa — e não na manjedoura —, cerca de dois anos após o seu nascimento, conforme análise cuidadosa de Mateus 2. Ou seja, o Natal de Cristo não é invenção dos pagãos, e sim uma celebração genuinamente cristã. Portanto, nos lembrarmos do nascimento de Cristo, descrito na Bíblia, e glorificarmos a Deus por nos ter dado o seu Filho Unigênito é lícito e conveniente. Isso nada tem a ver com Roma, Babilônia, etc. Ademais, o fato de o Natal de Cristo ser celebrado também pela Igreja Católica Romana não o torna idolátrico ou pagão. Caso contrário, a missa, com a sua hóstia, tornaria a Ceia do Senhor igualmente idolátrica, não é mesmo?

7. “O natal não glorifica a Jesus, pois quem o inventou foi a Igreja Católica Romana, que celebra o natal diante dos ídolos (estátuas). Jesus é contra a idolatria e não recebe adoração dividida”.
Refutação: esse argumento também é reducionista, posto que ignora o fato de a idolatria ser uma condição do coração. Ela não é um pecado praticado de modo subjetivo. Celebrar o Natal de Cristo não implica idolatria. Esta, à luz do Novo Testamento, é uma ação objetiva, e não subjetiva. A idolatria é praticada de modo consciente. Nesse caso, dizer que o crente que celebra o Natal é idólatra não reflete julgamento segundo a reta justiça (Jo 7.24), como já destaquei em meu texto anterior, também a respeito do Natal.

8. “Os adereços (enfeites) de natal são verdadeiros altares de deuses da mitologia antiga (que são demônios)”.
Refutação: de fato, muita coisa que há no mundo tem ligação com o paganismo e a idolatria: comidas, festas, nomes de cidades, costumes, etc. O cristão não deve ser paranoico quanto a isso. A ele basta ser fiel ao seu Deus, não tomando parte, ativa e conscientemente, do culto aos deuses. Lembro o leitor, mais uma vez, de que a idolatria é praticada de modo objetivo, e não subjetivo. Opor-se ao Natal por causa dos enfeites cuja origem está ligada ao paganismo e praticar outras coisas de origem pagã é o mesmo que coar mosquitos engolir camelos (Mt 23). O cristianismo verdadeiro não é fanatizante, como as religiões e seitas pseudocristãs e extremistas, que proíbem doação de sangue, ingestão de determinados tipos de alimento, participação em festas, casamento no templo, trabalho em determinado dia da semana, etc. Somos livres em Cristo (1 Co 10.23-32). Reprovar e até proibir a celebração do Natal de Cristo por causa de Papai Noel, duendes, gnomos, decorações natalinas e outras coisas mundanas não é uma característica do cristianismo equilibrado (cf. Ec 7.16,17). Se quisermos abraçar o legalismo, não podemos falhar em nenhum ponto da lei. O crente que se opõe ao Natal de Cristo por causa dos elementos pagãos e consumistas, mencionados neste artigo, também deixa de consumir bolo de aniversário, em razão de sua origem pagã? O que ele pensa sobre o vestido de noiva, o terno e a gravata, as construções que ele visita e as ruas da cidade por onde ele anda?

9. “O natal de Jesus não tem mais nenhum sentido profético, pois todas as profecias que apontavam para sua primeira vinda à terra já se cumpriram. Agora nossa atenção de se voltar para sua Segunda vinda”.
Refutação: nesse caso, a Bíblia é apenas um tratado de escatologia, que se ocupa exclusivamente de assuntos relativos ao futuro? Ora, as Escrituras apresentam muitas doutrinas escatológicas, porém a Palavra de Deus também contém teologia, cristologia, pneumatologia, antropologia, hamartiologia, soteriologia, eclesiologia e angelologia. Sabemos que o Natal de Cristo está ligado diretamente à cristologia e à soteriologia. Entretanto, como todas as doutrinas bíblicas são intercambiáveis, em Apocalipse 12 há uma menção ao Menino Jesus! Será que os inimigos do Natal sabem disso?

10. “A festa de natal traz em seu bojo um clima de angústia e tristeza, o que muitos dizem ser saudades de Jesus, mas na verdade é um espírito de opressão que está camuflado, escondido atrás da tradição romana que se infiltrou na igreja evangélica, e que precisamos expulsar em nome de Jesus”.
Refutação: desde a minha infância aprendi a celebrar o Natal de Cristo. Lembro-me com muita alegria das peças, poesias e cantatas natalinas, além das maravilhosas mensagens de Natal, ministradas por homens de Deus. A lembrança da encarnação do Senhor propicia alegria na alma, e não tristeza! Prova disso é que vários hinos da Harpa Cristã, hinário oficial das Assembleias de Deus, nos estimulam a celebrar o Natal de Cristo. Vejamos especialmente os hinos 21, 120, 366, 481 e 489.

Diante do exposto, apresento algumas sugestões (ou conselhos) aos cristãos inimigos do Natal de Cristo. Não se deixem influenciar pelo espírito do Anticristo (1 Jo 4.3). Observem que o Diabo deseja, a todo custo, fazer com que o nome de Jesus desapareça da face da terra. E uma de suas estratégias é apresentar “outro evangelho”, fanatizante, farisaico, legalista, que procura desviar os salvos da verdade, carregando-os de ordenanças, como: “não toques, não proves, não manuseies” (Cl 2.20-22). Em vez de apresentarem inúmeras razões para não celebrarmos o Natal de Cristo, falem da gloriosa encarnação do Verbo (1 Tm 3.16; Jo 1.14; Gl 4.4,5), da sua morte vicária (2 Co 5.17-21) e da sua maravilhosa ressurreição (1 Co 15.17-20)!

Pastor - Ciro Sanches Zibordi [é pastor, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Autor do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar” e das obras “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Erros que os adoradores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A” e “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer”, todos títulos da CPAD. É ainda co-autor da obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, também da CPAD.]

sábado, 15 de novembro de 2014

BÍBLIA EM FOCO> QUEM ERAM OS AMONITAS E OS MOABITAS?



EXPLICAÇÃO BIBLICA 
( Genesis: 19:36-38 )  36- Assim, as duas filhas de Ló  
( sobrinho de Abrão Gen12:5)  ficaram grávidas do próprio pai  (Elas embebedaram o pai para se deitar com ele Gen:19:31-33) 37   A mais velha teve um filho, a quem deu o nome de Moabe. Ele foi o pai dos moabitas de hoje. 38   A mais nova também teve um filho e pôs nele o nome de Ben-Ami. Ele foi o pai dos amonitas de hoje.

Descendentes de AMOM (AMONITAS) (1), que moravam a leste de Moabe. Eram um povo cruel, guerreiro e inimigo de Israel (#Jz 10.6-11.33; 1Sm 11).


(MOABITA) [Do Meu Pai] 1) Neto de Ló, nascido do incesto com sua filha (#Gn 19.30-38). 2) Povo descendente de MOABE (1) e sua terra, localizada a leste do JORDÃO (#Nm 26.3).

   Amós: 1:13-15  ( Profecia contra os Amonitas)                                                                                                          
13   O SENHOR Deus diz: — O povo do país de Amom tem cometido tantos pecados, tantos mesmo, que eu tenho de castigá-los. Na guerra para conquistar mais terras na região de Gileade, eles rasgaram as barrigas de mulheres grávidas. 14   Por isso, eu vou pôr fogo nas muralhas de Rabá, e esse mesmo fogo destruirá também as fortalezas daquela cidade. Haverá batalhas violentas e gritos de homens lutando. 15   O rei e as autoridades serão levados como prisioneiros. Eu, o SENHOR, falei.                     
Rasgar a Barriga das grávidas era uma cruel  pratica  de guerra  com  está escrito em  2º Reis:  8.12   e Hazael perguntou: (PARA ELIZEU)— Por que é que o senhor está chorando? Eliseu respondeu: — Porque sei das coisas terríveis que você vai fazer contra o povo de Israel. E continuou: — Você vai pôr fogo nas fortalezas de Israel, vai matar os moços, esmagar as crianças e rasgar a barriga das mulheres grávidas.      

2° Reis:15:16>   Menaém destruiu a cidade de Tapua, matou os seus moradores e arrasou a região vizinha até Tirza; ele fez isso porque a cidade não se entregou a ele. Menaém mandou rasgar a barriga de todas as mulheres grávidas.          
  Oseias: 13.16   O povo de Samaria será castigado porque se revoltou contra o seu Deus. Os homens morrerão na guerra, as crianças serão despedaçadas, e as barrigas das mulheres grávidas serão rasgadas.
                                  
 Amós: 2:1-3           (Profecia contra os Moabitas)                                                                             
 1   O SENHOR Deus diz: — O povo de Moabe tem cometido tantos pecados, tantos mesmo, que eu tenho de castigá-los. Profanaram o corpo do rei de Edom, queimando-o até virar cinza. 2   Por isso, eu vou pôr fogo no país de Moabe, e esse mesmo fogo destruirá também as fortalezas de Queriote. Haverá batalhas violentas, gritos de soldados e som de cornetas, e o povo morrerá. 3   Acabarei com o rei e com as autoridades de Moabe. Eu, o SENHOR, falei.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

JESUS PROMETEU DAR-NOS QUALQUER COISA?

MARCOS 11.23-24 – Jesus prometeu dar-nos literalmente qualquer coisa que lhe pedirmos com fé?
dinheiro-ceuPROBLEMA: À primeira vista esse versículo parece estar dizendo que, se crermos, Deus nos atenderá em qualquer pedido que lhe fizermos. Por outro lado, Paulo pediu a Deus por três vezes que lhe fosse afastado aquele espinho da carne, e Deus recusou (2 Co 12:8-9).
SOLUÇÃO: Há limitações sobre o que Deus dará, indicadas tanto pelo contexto como por outros textos e pelas leis da própria natureza de Deus e do universo.
Primeiro Deus não pode nos dar qualquer coisa. Há coisas que são realmente impossíveis. Por exemplo, Deus não atenderá ao pedido de uma criatura para ser Deus. Nem pode atender a quem peça que aprove um pecado que tenha cometido. Deus não nos dará uma pedra se lhe pedirmos pão, nem nos dará uma serpente se lhe pedirmos um peixe (cf.Mt 7:9-10).
Segundo, o contexto da promessa de Jesus em Marcos 11 indica que ela não foi incondicional, pois o versículo seguinte logo diz: “perdoai,… para que vosso Pai vos perdoe… mas, se não perdoares, também vosso Pai… não vos perdoará”. Assim, não há razão para acreditar que Jesus pretendia que tomássemos a sua promessa ao pé da letra, de nos dar “tudo” que pedíssemos, sem condição alguma.
Terceiro, todas as passagens difíceis devem ser interpretadas em harmonia com outras passagens claras das Escrituras. E está claro que Deus não promete, por exemplo, curar todas as pessoas por quem orarmos com fé. Paulo não foi curado, embora tenha orado ardentemente e com fé (2 Co 12:8-9). Jesus ensinou que não foi a falta de fé daquele cego que impediu a sua cura, mas explicou que ele tinha nascido cego “para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9:3).
Por exemplo quando Jesus disse que não devemos andar solícitos quanto a nossa vida, Ele não disse que nos daria todas as coisas que pedíssemos, mas as necessárias para nossa sobrevivência.... observem o texto...de Mateus 6:31-33  

[ 31- Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? 32- Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; 33- Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.]

Todas estas coisas (comida, roupa e calçado) e não todas as coisa, o sentimento imediatista do homem tira a lucidez da compreensão..DEUS pode tudo, mas, da ao homem o que lhe apraz.
 
Apesar da capacidade dada por Deus ao apóstolo Paulo para curar outros (At 28:9), aparentemente ele não pôde curar, mais tarde, Epafrodito (Fp 2:25ss) nem Trófimo (2 Tm 4:20). Com certeza não foi a falta de fé que trouxe a doença a Jó (Jó 1:1). Além disso, se a fé do recebedor fosse a condição para que um milagre fosse recebido, então nenhum dos mortos que Jesus ressuscitou teria voltado à vida, pois os mortos não podem crer!
Finalmente, quando se considera o restante das Escrituras, além da fé há muitas condições colocadas na promessa de Deus para a resposta a uma oração. Temos de “permanecer nele” e permitir que a sua Palavra permaneça em nós (Jo 15:7). Não podemos “pedir mal”, segundo o nosso egoísmo (Tg 4:3). Além disso, temos de pedir “segundo a sua vontade” (1 Jo 5:14). Até mesmo Jesus orou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! (Mt 26:39).
Com efeito, sempre essa condição – “se for da tua vontade” – tem de ser afirmada ou estar implícita, exceto nas promessas incondicionais de Deus. Porque a oração não é um recurso mediante o qual Deus nos serve. A oração não é um meio pelo qual conseguimos que toda a nossa vontade se faça nos céus, mas um meio pelo qual Deus faz com que a sua vontade se faça na terra.

DIA DE FINADOS; O QUE A BÍBLIA DIZ?

No dia 2 de novembro se celebra o culto aos mortos ou o dia de Finados. Qual a origem do culto aos mortos ou do dia de Finados?

O dia de Finados só começou a existir a partir do ano 998 DC. Foi introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica.
Como chegou aqui no Brasil essa celebração de 2 de novembro ser celebrado o dia de Finados?

O costume de rezar pelos mortos nesse dia foi trazido para o Brasil pelos portugueses. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas.

Tem apoio bíblico essa tradição de se rezar pelos mortos no dia 2 de novembro? Como um cristão bíblico deve posicionar-se no dia de Finados?

Nada de errado existe quando, movidos pelas saudades dos parentes ou pessoas conhecidas falecidas, se faz nesse dia visita os cemitérios e até mesmo se enfeitam os túmulos de pessoas saudosas e caras para nós. Entretanto, proceder como o faz a maioria, rezando pelos mortos e acendendo velas em favor das almas dos que partiram tal prática não encontra apoio bíblico.

A maioria das pessoas que visitam os cemitérios no dia de Finados está ligada à religião católica. Por que os católicos fazem essa celebração aos mortos com rezas e acendendo velas junto aos túmulos?

Porque segundo a doutrina católica, os mortos, na sua maioria estão no purgatório e para sair mais depressa desse lugar, pensam que estão agindo corretamente mandando fazer missas, rezas e acender velas. Crêem os católicos que quando a pessoa morre, sua alma comparece diante do arcanjo São Miguel, que pesa em sua balança as virtudes e os pecados feitos em vida pela pessoa. Quando a pessoa não praticou más ações, seu espírito vai imediatamente para o céu, onde não há dor, apenas paz e amor. Quando as más ações que a pessoa cometeu são erros pequenos, a alma vai se purificar no purgatório.

Existe base bíblica para se crer no purgatório, lugar intermediário entre o céu e o inferno?

Não existe. A Bíblia fala apenas de dois lugares: céu e inferno. Jesus ensinou a existência de apenas dois lugares. Falou do céu em Jo 14.2-3 e falou do inferno em Mt 25.41.

Segundo a Bíblia o que acontece com os seres humanos na hora da morte?

No livro de Hebreus 9.27 se lê que após a morte segue-se o juízo. E Jesus contou sobre a situação dos mortos Lc 16.19-31. Nessa parte bíblica destacamos quatro ensinos de Jesus: a) que há consciência após a morte; b) existe sofrimento e existe bem estar; c) não existe comunicação de mortos com os vivos; d) a situação dos mortos não permite mudança. Cada qual ficará no lugar da sua escolha em vida. Os que morrem no Senhor gozarão de felicidade eterna (Ap 14.13) e os que escolheram viver fora do propósito de Deus, que escolheram o caminho largo (Mt 7.13-14) irão para o lugar de tormento consciente de onde jamais poderão sair.

Fora a crença sobre o estado dos mortos de católicos e evangélicos, existem outras formas de crer sobre a situação dos mortos. Pode indicar algumas formas de crer?

Sim.
A) os espíritas crêem na reencarnação. Reencarnam repetidamente até se tornarem espíritos puros. Não crêem na ressurreição dos mortos.
B) os hinduístas crêem na transmigração das almas, que é a mesma doutrina da reencarnação. Só que os ensinam que o ser humano pode regredir noutra existência e assim voltar a este mundo como um animal ou até mesmo como um inseto: carrapato, piolho, barata, como um tigre, como uma cobra, etc.
C) os budistas crêem no Nirvana, que é um tipo de aniquilamento.
D) As testemunhas de Jeová crêem no aniquilamento. Morreu a pessoa está aniquilada. Simplesmente deixou de existir. Existem 3 classes de pessoas: os ímpios, os injustos e os justos. No caso dos ímpios não ressuscitam mais. Os injustos são todos os que morreram desde Adão. Irão ressuscitar 20 bilhões de mortos para terem uma nova chance de salvação durante o milênio. Se passarem pela última prova, poderão viver para sempre na terra. Dentre os justos, duas classes: os ungidos que irão para o céu, 144 mil. Os demais viverão para sempre na terra se passarem pela última prova depois de mil anos. Caso não passem serão aniquilados.
E) os adventistas crêem no sono da alma. Morreu o homem, a alma ou o espírito, que para eles é apenas o ar que a pessoa respira, esse ar retorna à atmosfera. A pessoa dorme na sepultura inconsciente.

Como se dará a ressurreição de todos os mortos?
Jesus ensinou em Jo 5.28,29 que todos os mortos ressuscitarão. Só que haverá dois tipos de ressurreição; para a vida, que ocorrerá mil anos antes da ressurreição do Juízo Final. A primeira ressurreição se dará por ocasião da segunda vinda de Cristo, no arrebatamento. (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-53). E a ressurreição do Juízo Final como se lê em Apocalipse 20.11-15.       [ por Pr. Natanael Rinaldi